Encontro de mulheres enfatiza associativismo para as conquistas de mercado na agricultura familiar

29.06.2012 | 20:59 (UTC -3)
Elmiro de Deus

Na tarde desta quinta-feira (28), último dia do IIII Encontro Estadual das Agricultoras Familiares, um dos temas abordados foi o “Associativismo”, mostrando a importância da organização social para as conquistas de novos mercados na Agricultura Familiar. O encontro que iniciou na terça-feira, 26, superou todas as expectativas de público, contando com a presença de 300 participantes.

Segundo o técnico do Ruraltins – Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins, Édson Soares Maciel, que ministrou a palestra sobre “Associativismo”, essa é uma atividade em que as mulheres precisam se organizar nas tomadas de decisões. “Notamos que a mulher tocantinense quer buscar novos meios de organização, mas para isso é preciso mais integração entre elas”, explicou, acrescentando que para melhorar a qualidade de vida, a mulher tem que estar inserida no mercado de trabalho.

Para o superintendente de Assentamentos e Agricultura Familiar da Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, Marcelo Gualberto Caldeira, o evento superou as expectativas marcando uma nova fase na vida destas mulheres. “Foram levantadas as demandas para o desenvolvimento das políticas públicas que assistem as agricultoras familiares do Estado. Aqui iniciaram grandes debates, importantes para o crescimento social e econômico dessas mulheres.”, argumentou.

Para a presidente da Associação do Assentamento Morada Nova, do município de Colméia, Maria da Guia, o Encontro despertou grandes mudanças no cotidiano das agricultoras. “Esperamos que ao chegar a suas localidades, essas mulheres usem do conhecimento que adquiriram aqui. Pois foi muito proveitoso, com os temas apresentados, fatos que lidamos no dia a dia”, disse. Maria trabalha numa comunidade de 18 famílias agricultoras, onde a produção está focada no arroz e na mandioca. “Da mandioca vendemos a raiz, a farinha e o polvilho”, acrescentou.

As mulheres agricultoras que estiveram expondo durante o evento falam que a comercialização foi bem sucedida. A expositora de produtos de Babaçu, Tereza Cristina da Silva, do município de Arguiarnópolis, fala que vendeu bem nesses três dias. “Não esperava que fosse vender tanto assim, nossa expectativa foi superada”, destacou. Na exposição, Tereza tinha vários produtos do Babaçu, como as biojóias, cintos, bolsas, jogos americanos, colares, fruteiras, chaveiros, dentre outros.

Tatiana Pereira dos Reis, do grupo de mulheres de Ponte Alta do Tocantins, expositora de produtos de Capim Dourado, também fala sobre as vendas durante no Encontro. “Nestes dias conseguimos vender bastante, mas o melhor é o contato que fizemos para vendas futuras”, destacou. Tatiana expôs mandalas, sousplat, bolsas, jarras, porta joias, fruteiras, entre outros.

Neste último dia, as mulheres participaram de palestras com os temas: políticas públicas da sociobiodiversidade; seguro social; primeiros socorros; o papel da mulher na luta contra as drogas, incêndios florestais; direitos e sexualidade humana. Para encerrar, a psicóloga Bianca Zortéa, ministrou a palestra “Eu, o outro e o mundo”.

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