Acerto na dessecação da braquiária antes da semeadura da soja
O empresário Celso Luis Casale foi eleito na última sexta-feira (17), o presidente do Comitê Assessor Externo (CAE) da Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP). A eleição ocorreu entre os próprios membros do órgão, selecionados, principalmente, pela reconhecida competência e liderança em sua área de atuação.
Casale disse que foi surpreendido com a escolha do seu nome para presidir o CAE, mas acredita que as perspectivas são boas, considerando a presença de nomes importantes e conhecedoras da agropecuária, como o ex-ministro Roberto Rodrigues na composição do órgão. Como empresário do setor de máquinas e implementos agrícolas, Casale disse que conhece a realidade do outro ponto de vista, mas que também é importante para manter o elo entre a iniciativa privada, indústria e a pesquisa. “É muito importante caminharmos juntos”, afirmou.
O novo presidente do CAE, além de ser produtor rural é engenheiro mecânico pela Universidade Federal de Uberlândia, com pós-graduação em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas. É sócio-diretor da Casale Equipamentos LTDA desde 1980 e diretor-presidente desde 1982. Casale é presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) desde 2009, da qual é também vice-presidente há três anos. É ainda membro do Conselho Superior do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).
Os membros do CAE têm mandato de três anos, podendo ser reconduzidos por período equivalente, uma única vez.
Para Roberto Rodrigues, o CAE tem uma visão muito mais de caráter tecnológico. “Minha contribuição é de aprendizado e, eventualmente, vou compartilhar com os companheiros do Comitê uma experiência de quem tem 70 anos de vida corrida e 50 de vida agrícola”. Ele disse que espera compreender bem o papel da Embrapa Instrumentação para que ela ganhe destaque numa área tecnológica que tem profunda inovação, que é a instrumentação.
Durante sua apresentação sobre o novo agronegócio, realizada logo após a eleição para presidente do CAE, o ex-ministro da Agricultura fez uma explanação a respeito do papel da agricultura no cenário nacional e a sua importância no contexto internacional. Roberto Rodrigues apontou os benefícios, mas também os gargalos que impedem a agricultura brasileira de avançar e se tornar mais competitiva.
O setor agrícola representa 23% do PIB nacional, é responsável por 37% dos empregos do país, mas enfrenta problemas para crescer 40% para atender à demanda da produção mundial de alimentos, como preconiza a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) até 2020. De acordo com o ex-ministro, embora o Brasil tenha terra disponível, tecnologia tropical e mão de obra qualificada, o país não tem infraestrutura e logística, política de renda, política comercial e defesa sanitária, fatores que impedem o salto do agronegócio. “Estamos crescendo sem políticas públicas”, afirmou.
A área plantada com grãos no Brasil cresceu nos últimos 20 anos 37% e a produção cresceu 187%, o que mostra, segundo Roberto Rodrigues o notável padrão tecnológico.
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