Embrapa visita experimentos que estudam mudanças climáticas

26.08.2009 | 20:59 (UTC -3)

Pesquisadores da Embrapa, integrantes do projeto Climapest, apresentaram em 14 de agosto, na Embrapa Meio Ambiente, modelos de experimentos do tipo Free Air Carbon Dioxide Enrichment – Face.

Os modelos foram obtidos durante visita a instituições de pesquisa da Dinamarca, Alemanha, Estados Unidos e França, para discussão desses métodos atualmente usados para a finalização da construção do Face da Embrapa Meio Ambiente.

Doenças, pragas e plantas invasoras estão entre os principais fatores responsáveis por redução de produtividade das culturas. Assim, é estratégico para a sustentabilidade da agricultura brasileira o conhecimento dos impactos das mudanças climáticas globais sobre os problemas fitossanitários.

Raquel Ghini, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente e líder do projeto Climapest, explica que o conhecimento sobre o tema permite a elaboração de estratégias de adaptação para racionalizar métodos de controle, direcionar novos trabalhos de pesquisa e apoiar a elaboração de políticas públicas. O projeto atua em 12 estados do país, abordando as 5 regiões. Serão estudados 85 problemas fitossanitários de 16 importantes culturas agrícolas – espécies florestais, maçã, pêssego, soja, uva, milho, algodão, mamona, forragicultura, café, mandioca, banana, manga, coco, dendê e laranja.

Experimento único no país

A instalação de um experimento do tipo Face, inédito no país, será fundamental para a avaliação dos efeitos do aumento da concentração do dióxido de carbono atmosférico. Além do Face, serão instalados 6 experimentos do tipo estufa de topo aberto OTC – Open-Top Chambers, nas Unidades Amazônia Oriental, Semi-Árido, Milho e Sorgo, Soja e Uva e Vinho. Além do gás carbônico, também serão estudadas alterações de temperatura, do aumento da radiação UV-B sobre microrganismos associados às plantas, e os riscos potenciais das mudanças climáticas na distribuição geográfica e temporal sobre doenças, pragas e plantas invasoras. Para tanto, serão construídas câmaras de crescimento para estudos de aumento de temperatura, dos efeitos de aumento da radiação UV-B esperado devido à redução da camada de ozônio e mapeamento de distribuição geográfica potencial de problemas fitossanitários de importantes culturas no clima futuro.

Cristina Tordin

Embrapa Meio Ambiente

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