Sementes Biomatrix lança sorgo com redução de lignina
Pesquisadores da Embrapa, integrantes do projeto Climapest, apresentaram em 14 de agosto, na Embrapa Meio Ambiente, modelos de experimentos do tipo Free Air Carbon Dioxide Enrichment – Face.
Os modelos foram obtidos durante visita a instituições de pesquisa da Dinamarca, Alemanha, Estados Unidos e França, para discussão desses métodos atualmente usados para a finalização da construção do Face da Embrapa Meio Ambiente.
Doenças, pragas e plantas invasoras estão entre os principais fatores responsáveis por redução de produtividade das culturas. Assim, é estratégico para a sustentabilidade da agricultura brasileira o conhecimento dos impactos das mudanças climáticas globais sobre os problemas fitossanitários.
Raquel Ghini, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente e líder do projeto Climapest, explica que o conhecimento sobre o tema permite a elaboração de estratégias de adaptação para racionalizar métodos de controle, direcionar novos trabalhos de pesquisa e apoiar a elaboração de políticas públicas. O projeto atua em 12 estados do país, abordando as 5 regiões. Serão estudados 85 problemas fitossanitários de 16 importantes culturas agrícolas – espécies florestais, maçã, pêssego, soja, uva, milho, algodão, mamona, forragicultura, café, mandioca, banana, manga, coco, dendê e laranja.
Experimento único no país
A instalação de um experimento do tipo Face, inédito no país, será fundamental para a avaliação dos efeitos do aumento da concentração do dióxido de carbono atmosférico. Além do Face, serão instalados 6 experimentos do tipo estufa de topo aberto OTC – Open-Top Chambers, nas Unidades Amazônia Oriental, Semi-Árido, Milho e Sorgo, Soja e Uva e Vinho. Além do gás carbônico, também serão estudadas alterações de temperatura, do aumento da radiação UV-B sobre microrganismos associados às plantas, e os riscos potenciais das mudanças climáticas na distribuição geográfica e temporal sobre doenças, pragas e plantas invasoras. Para tanto, serão construídas câmaras de crescimento para estudos de aumento de temperatura, dos efeitos de aumento da radiação UV-B esperado devido à redução da camada de ozônio e mapeamento de distribuição geográfica potencial de problemas fitossanitários de importantes culturas no clima futuro.
Cristina Tordin
Embrapa Meio Ambiente
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