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A Embrapa Semiárido inaugurou quinta-feira (08/04) três obras que farão a instituição desenvolver adequações à legislação ambiental.
São elas GERELAB (Gerenciamento de resíduos Laboratoriais), GERECAMP (Gerenciamento de resíduos dos campos experimentais) e GERECICLE (Galpão para armazenamento de materiais recicláveis). Para estas construções houve investimento do Programa de Aceleração do Crescimento e Fortalecimento da Embrapa (PAC Embrapa) e do projeto Agrofuturo.
Cada uma das construções será especializada no tratamento dos resíduos gerados na instituição. As estruturas instaladas vão permitir ao centro de pesquisa a destinação adequada dos resíduos produzidos em decorrência das atividades de pesquisa em 20 laboratórios, e em setores de apoio administrativo, onde trabalham mais de 350 empregados.
Gestão Ambiental - As construções são parte do projeto "Implantação das Diretrizes Institucionais de Gestão Ambiental nas Unidades da Embrapa" (Macroprograma 5), liderado pelo pesquisador Ricardo Encarnação, do Departamento de Administração de Materiais e Serviços (DRM) da empresa. Dentre os seus objetivos, estão ações relacionadas à educação ambiental e otimização do uso de recursos em laboratórios além de Plano de Manejo para Fazendas Experimentais.
Para o descarte dos produtos químicos vai funcionar o Gerenciamento de Resíduos de Laboratórios (Gerelab) coordenado por uma comissão de técnicos, analistas e pesquisadores, e que está projetado para tratar e dar destino final a substâncias tóxicas.
Segundo a farmacêutica Raquel Mota Carneiro Figueiredo, presidente da Comissão Permanente de Gestão Ambiental da Embrapa Semiárido, um conjunto de informações e métodos está em fase de organização e será disponibilizado a fim de orientar e envolver os empregados lotados nos laboratórios da instituição nas ações de gerenciamento dos resíduos e na colaboração para evitar o acúmulo inadequado desses produtos.
Participação – De acordo com Raquel Mota a participação dos empregados é que irá garantir eficiência no funcionamento do gerenciamento dos resíduos. Ela explica que várias iniciativas têm sido adotadas desde 2007 com o objetivo de sensibilizar a todos quanto à importância das questões relacionadas à gestão ambiental.
Uma delas tratou de estimular a coleta seletiva dos resíduos e a redução do consumo de copos descartáveis. Tendo como ponto de partida a distribuição de 500 canecas de vidro para os empregados, bolsistas e estagiários. Esta medida resultou na diminuição de forma progressiva do uso de copos plásticos de 4.500 para 500 unidades por semana.
A adoção da coleta seletiva foi uma conseqüência dessa tomada de consciência, estimulada pelo projeto da Embrapa que tem captado recursos do PAC e do Agrofuturo para financiar programas de gestão ambiental nas unidades da empresa. No centro de pesquisa de Petrolina, este tipo de coleta teve início com a instalação de coletores com cores identificando o tipo de resíduo a ser depositado: papel (azul), metal (amarelo), plástico (vermelho), vidro (verde) e orgânicos (marrom).
Entre as instalações a serem inauguradas, o Gerecicle servirá como galpão para armazenamento temporário de recicláveis. Com este trabalho de coleta seletiva, a Embrapa Semiárido pode adequar-se ao Decreto Nº 5940, de 25 de Outubro de 2006, que instituiu a separação dos resíduos recicláveis descartáveis pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta ou indireta na fonte geradora, e a sua destinação a associações e cooperativas dos catadores dos materiais recicláveis e outras providências.
Em Petrolina, o material coletado no centro de pesquisa é entregue à Cooperativa de Catadores Renascer. No ano de 2009, este material somou cerca de 1000kg papel branco, 233kg plástico fino, 320kg papelão e 60 kg de revistas. Nestes primeiros meses de 2010, já foram encaminhados à cooperativa 570kg papel branco, 100kg plástico fino, 250kg papelão e 80kg plástico duro. Este material que antes era depositado em um lixão no centro de pesquisa agora tem o destino de gerar renda para famílias e amenizar impactos negativos sobre o ambiente.
Na sua opinião, a história do gerenciamento de resíduos da pesquisa na Embrapa Semiárido está tomando um novo rumo, com a implantação do programa de Gestão Ambiental. Ainda que, no caso dos resíduos de laboratórios, os volumes sejam pequenos, a diversidade e toxicidade dos produtos precisam merecer solução técnica adequada. É o que está sendo feito na Embrapa, em geral, e em praticamente, todos os seus centros de pesquisa. Para Raquel, a Embrapa Semiárido avança na sua missão institucional com as ações de responsabilidade social e ambiental.
Contatos:
Raquel Mota Carneiro Figueiredo – Gestão de Laboratórios
Marcelino Ribeiro
Embrapa Semiárido
/ 87 3862 1711
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