Embrapa realiza Workshop para definir áreas prioritárias para ações de transferência de tecnologia em ILPF

Conselho Gestor da Rede de Fomento ILPF também se reuniu para definir o planejamento para o ano agrícola 2016/2017

28.07.2016 | 20:59 (UTC -3)
Marcos Vicente

A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) realizou de 18 a 22 de julho, o Workshop "Definição de áreas prioritárias para ações de Transferência de Tecnologia em sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta – ILPF" e abrigou a Reunião do Conselho Gestor da Rede de Fomento ILPF.

O workshop foi o segundo evento da série, onde pesquisadores de mais de vinte Unidades da Embrapa integrantes do projeto "Transferência de tecnologias em rede para sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta", se reuniram e analisaram as grandes diretrizes e os critérios a serem utilizados na definição de áreas prioritárias para as ações de Transferência de Tecnologia em ILPF.

O trabalho do grupo consistiu em avaliar o conjunto de critérios elencados, ponderando-os de acordo com sua relevância do ponto de vista agronômico/ambiental, socioeconômico e político-institucional.
O objetivo final do trabalho é identificar áreas que reúnam, ao mesmo tempo, um conjunto de condições favoráveis para que as ações de TT em ILPF tenham elevada repercussão em termos de adoção no curto e médio prazo.

A identificação e espacialização dessas áreas no território brasileiro poderá subsidiar as tomadas de decisão de onde recursos humanos e financeiros poderão ser alocados para as ações de TT para se alcançar uma maior eficiência em termos de adoção. O trabalho de ponderação realizado será utilizado na espacialização das referidas áreas prioritárias em ambiente computacional SIG, a ser concluída em outubro.

Em continuidade ao workshop, a equipe técnica se reuniu no dia 19 de julho para tratar de assuntos relacionados a estruturação do Banco de Dados de Sistemas ILPF, o qual reunirá informações técnicas sobre os diversos sistemas implementados na rede de Unidades de Referência Tecnológica (URTs) espalhadas pelo País.

Conforme Ladislau Skorupa, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e um dos organizadores do evento, o Workshop contou com uma excelente representação de profissionais de transferência de tecnologia, que trabalham diretamente difundindo e aprimorando os sistemas ILPF e que conhecem bem as diferentes realidades em suas regiões e biomas. "A realização do painel previa exatamente esse público, contribuindo com suas visões críticas para o objetivo, qual seja, o de ponderação dos critérios elencados para a definição de áreas prioritárias para as ações de TT nas diferentes regiões," explicou.

Para ele, todo esse esforço se justifica, uma vez que o resultado final expressa a opinião de um grupo técnico qualificado, que chancela essa etapa da metodologia empregada.
As áreas a serem apontadas como prioritárias agregarão, ao mesmo tempo, um conjunto de condições favoráveis para a adoção de sistemas ILPF nas diferentes regiões. A expectativa é que o trabalho contribua do ponto de vista estratégico na identificação de áreas onde recursos humanos e financeiros poderão ser utilizados com maior eficiência.

"Como várias dessas condições podem ser alteradas com o tempo, o trabalho de priorização deve ser, obrigatoriamente, revisto periodicamente para contemplar essas alterações," alertou Skorupa.
O trabalho é apoiado pela Rede de Fomento ILPF da qual participam, além da Embrapa, as empresas Dow AgroSciences, Syngenta, Cocamar, John Deere e Parker.

Agropecuária e o futuro

Recentes pesquisas desenvolvidas pela Embrapa sobre adoção de ILPF têm evidenciado o grande potencial da tecnologia como instrumento transformador da produção agropecuária, principalmente em ambientes tropicais.
Para João Pontes, diretor de Planejamento Estratégico da John Deere e membro do Conselho Gestor da Rede de Fomento, a ILPF significa o estabelecimento de um conjunto de condições que propiciam que a pecuária brasileira continue a se desenvolver, mas de uma forma mais sustentável, aliada aos avanços da agricultura.

"Esse é o legado que a ILPF deverá deixar para o futuro do país, ou seja, a transformação da forma de produção nos trópicos, tanto dos produtos agrícolas, quanto dos produtos pecuários, com o adequado viés de sustentabilidade" disse Pontes.

Outro que defende a adoção de sistemas integrados como forma de revitalizar a pecuária nacional é Renato Watanabe, coordenador de ILPF da Cocamar e integrante do Conselho Gestor da Rede de Fomento.
Conforme explicou, a ILPF é uma oportunidade de diversificação e aumento da produtividade, com menos recursos e com o emprego de menores áreas. Para ele, a sociedade está, aos poucos, desenvolvendo a percepção de que a adoção da tecnologia de ILPF é bastante vantajosa, "pois é capaz de conciliar questões como desenvolvimento econômico, social e sustentabilidade ambiental no mesmo escopo de atividade produtiva."


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