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A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das 47 unidades da Embrapa, homenageia o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 05 de junho, com uma exposição na 2ª Feira do Meio Ambiente do BRB – Banco de Brasília, no período de 4 a 6 de junho, de 8 às 14 horas, no térreo do Edifício Sede do BRB (SBS Quadra 01, Asa Sul, Brasília, DF). O evento é promovido pela Superintendência de Responsabilidade Socioempresarial e Sustentabilidade do Banco com o objetivo de expor produtos e atividades que busquem o desenvolvimento sustentável.
A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia vai mostrar as pesquisas e tecnologias de controle biológico de pragas agrícolas e mosquitos transmissores de doenças em prol de uma agricultura mais saudável.
Quem visitar o estande da Empresa durante a Feira vai conhecer os quatro inseticidas biológicos desenvolvidos pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, que são: Bt-horus para controle do mosquito da dengue; Sphaerus SC eficaz contra o mosquito transmissor da malária; “Ponto.Final” controla lagartas que atacam culturas agrícolas e “Fim da Picada” para combater borrachudos
A grande vantagem desses produtos, que foram produzidos em parceria com a empresa privada do Distrito Federal Bthek Biotecnologia, é que são altamente eficientes contra os insetos, sem causar danos à saúde humana, de animais e ao meio ambiente.
Todos os inseticidas biológicos foram desenvolvidos a partir de bactérias específicas para controlar os insetos-alvo, que fazem parte do Banco de Bacilos Entomopatogênicos da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Hoje, esse Banco contém mais de 2.300 variedades de bactérias benéficas com potencial para controle biológico.
Os cientistas da Embrapa coletam essas bactérias, que ocorrem naturalmente no solo, estudam e selecionam as mais eficientes contra os insetos-praga.
A outra tecnologia à mostra no evento será a de semioquímicos (feromônios) para controle e monitoramento de percevejos que atuam como pragas na cultura da soja no Brasil. Os feromônios são os mais importantes elementos da comunicação entre os insetos. São substâncias químicas de cheiro peculiar, presentes em cada espécie, que atuam como meios de comunicação. Na natureza, os feromônios são responsáveis pela atração de indivíduos da mesma espécie para acasalamento, demarcação de território e outros tipos de comportamento. Os cientistas reproduzem, em laboratório, as condições observadas na natureza para monitorar o comportamento dos insetos-praga e interromper a sua reprodução.
Segundo o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Miguel Borges, no momento os estudos estão mais direcionados para o percevejo marrom da soja (Euchistus heros), mas o objetivo é estendê-los para todo o complexo de percevejos-praga da soja, que inclui também: o percevejo verde (Nezara viridula), ou maria fedida, como é popularmente conhecido, entre outras espécies.
Esses insetos estão entre as piores pragas dessa cultura no Brasil hoje, por se alimentarem diretamente nos grãos, causando sérios prejuízos no rendimento e na qualidade das sementes. Dentre os principais danos, destacam-se: sementes com baixo vigor, menor teor de óleo, além do fato de que os percevejos facilitam a entrada de fungos, que podem causar outras doenças nas plantas.
Segundo Borges, os semioquímicos ocupam hoje cerca de 30% do mercado de biopesticidas no mundo, perdendo apenas para os inseticidas bacterianos e os botânicos. No Brasil, o mercado de semioquímicos está em franca expansão, com mais de 15 produtos registrados e outros em fase de registro.
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