Embrapa estreita laços com pesquisadores da Colômbia

25.07.2011 | 20:59 (UTC -3)
Ricardo Moura

Pesquisadores do Brasil e da Colômbia estão unindo esforços para ampliar o conhecimento existente sobre a cultura do caju. Em junho, o pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical Fábio Paiva foi um dos palestrantes do curso “Tecnologías de producción, procesamiento y comercialización del Marañón (caju)”, ocorrido na cidade de Villavicencio, em Meta (Colômbia). No segundo semestre, está prevista a vinda de uma equipe de pesquisadores da Corporación Colombiana de Investigación Agropecuaria (Corpoica), empresa de pesquisa agropecuária colombiana, ao Brasil.

No mesmo período em que esteve participando do curso, Fábio Paiva fez visitas técnicas a agroindústrias e campos de plantio para saber mais sobre a realidade da cajucultura naquele país. De acordo com o pesquisador, os cajueiros existentes na Colômbia estão plantados em regiões com elevada pluviosidade, geralmente em áreas da pré-amazônia colombiana. No Brasil, essa cultura é encontrada principalmente em regiões semiáridas, com médias anuais de 600 mm de chuva.

A Corpoica está lançado quatro clones de cajueiro precoce de porte médio com alto rendimento industrial. O país possui cerca de 10 mil hectares de área plantada de cajueiro, cuja maior concentração ocorre nas regiões norte e central. A produção, contudo, ainda não é exportada e o pedúnculo do caju (falso fruto) não é explorado de forma comercial. Os produtores colombianos estão reunidos, em sua maioria, em pequenas unidades agroindustriais.

Segundo Fábio Paiva, o interesse dos pesquisadores brasileiros está focado nas áreas agrícola e industrial. Em contrapartida, a Corpoica poderá adquirir mais conhecimentos nas áreas de melhoramento vegetal, fitossanidade e pós-colheita, setores em que a Embrapa possui bastante experiência. “Queremos estreitar a cooperação técnica existente entre os países, o que gera benefício a todos”, afirmou o pesquisador.

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