Encontro de citricultura apresenta novas tecnologias na região sudoeste paulista

22.07.2011 | 20:59 (UTC -3)
José Venâncio de Resende

O "3º Encontro de Citricultura na Região Sudoeste do Estado de São Paulo" acontece no dia 28 de julho, a partir das 8h30min em Capão Bonito (SP). O evento é realizado pelo Polo Sudoeste Paulista/Apta Regional e pelo Centro de Citricultura do Instituto Agronômico (IAC-Apta), ambos vinculados à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), em parceria com a Campo Consultoria e patrocínio de várias empresas do setor.

As palestras, por especialistas do setor, vão abordar desenvolvimento da citricultura na região, uso de matéria orgânica/desenvolvimento sustentável, nova opção de controle das moscas-das-frutas, novas variedades de cítricos para a região e para o Brasil e novas máquinas para a colheita de laranja.

O encontro é o reconhecimento da consolidação de um mercado citrícola crescente na região, dizem os organizadores. "O deslocamento da citricultura para a região sudoeste foi inicialmente uma das alternativas encontradas para reduzir a pressão de algumas doenças, cuja proliferação tornou o controle fitossanitário oneroso e dependente de alta tecnologia. Dessa forma, a região sudoeste de São Paulo já está sendo considerada a nova fronteira citrícola do Estado de São Paulo, possuindo vários pomares jovens e um crescimento expressivo da produção da laranja."

A região sudoeste, que abrange os Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDRs) de Avaré, Itapeva e Itapetininga, produziu em 2010 cerca de 30,63 milhões de caixas (40,8kg) de laranja, em relação ao total estadual de 322,17 milhões de caixas, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA/SAA). A produção de poncã na região foi de 1,19 milhão de caixas (total do Estado de 7,44 milhões de caixas).

Também foram colhidas 582 mil caixas de tangerina na região (frente a 2,43 milhões de caixas no Estado). Já a produção de mexerica foi de 204,10 mil caixas (sudoeste) e 1,10 milhão de caixas (Estado) e a de murcote, de respectivamente 97 mil caixas e 4,20 milhões de caixas..

No caso da laranja, apesar de o País ser o maior produtor e exportador de suco concentrado congelado do mundo, ainda tem pouca expressividade no cenário das exportações como fruta fresca, explicam os coordenadores do encontro. "O mercado exterior é exigente, onde frutos de coloração mais atrativos provenientes de variedades com poucas ou nenhumas sementes constituem-se em um dos itens mais importantes para o sucesso nesta cadeia de produção."

Pesquisas desenvolvidas no Centro de Citricultura/IAC, em parceria com o Pólo Regional Sudoeste Paulista, vem possibilitando a adoção de variedades de laranjas e de tangerinas, com qualidades e características que atendem mercados exigentes, como alguns países da Europa e os Estados Unidos. Tratam-se de frutos mais ácidos, com pouca ou nenhuma semente, e que adquirem excelente coloração devido ao clima da região.

Na região sudoeste do Estado, também predomina a agricultura familiar, e são estes os produtores que apresentam perfil adequado para produzir uma fruta diferenciada, que exigem manejo artesanal nos frutos, explicam os coordenadores do evento. "Desta forma, a citricultura pode agregar mais valores ao padrão sócio-econômico de muitas famílias, gerando com isso crescimento da economia da região e do Estado de São Paulo."

Os coordenadores do encontro são os pesquisadores Vera Lucia N. Paes de Barros, Edison U. Ramos Junior, Fernando Alves de Azevedo e José Dagoberto De Negri, bem como o engenheiro agrônomo Décio Joaquim, da Campo Consultoria.

O evento será realizado na sede do Polo Regional - Rodovia Sebastião Ferraz de Camargo Penteado (SP 250), km 232, Bairro Caeté, Campo Bonito, SP. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (15) 3542-1310 e 3542-1708 ou pelo e-mail

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Arquivo Grupo Cultivar

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