Drones são apresentados para agricultores de soja e arroz
Apresentações de Veículos Aéreos Não Tripulados, os VANTs, mais conhecidos como drones, têm sido realizadas nos Estados do Paraná e Santa Catarina
A irrigação avaliada de maneira isolada talvez seja a mais importante alteração benéfica feita intencionalmente pelo homem no ambiente. A afirmação consta no livro Agricultura Irrigada – desafios e oportunidades para o desenvolvimento sustentável, publicado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com o Instituto de Pesquisa e Inovação na Agricultura Irrigada (Inovagri). A publicação foi lançada nesta semana durante o Encontro sobre a Agricultura Irrigada no Brasil, evento promovido pela Agência Nacional de Águas (ANA).
O livro é fruto do Seminário o Estado da Arte da Agricultura Irrigada no Brasil: Desafios e Oportunidades, realizado em dezembro de 2010, no município de Frutal (MG). O evento foi organizado pela Embrapa e pela ANA e contou com a participação de cerca de 170 pessoas, representando 74 instituições de diferentes regiões brasileiras. “Era um momento de levar uma mensagem política do setor para a sociedade com o objetivo de aumentar a sinergia entre as instituições de maneira clara”, afirmou o pesquisador da Embrapa Cerrados, Lineu Neiva Rodrigues, um dos editores técnicos do livro ao lado do engenheiro agrônomo e gerente-geral da ANA, Antônio Félix Domingues.
“Não podemos ficar reféns daqueles que têm versões a respeito da gente”, afirmou o presidente da ANA, Vicente Andreu, durante o lançamento da publicação. Segundo ele, o livro contribui nessa direção “Precisamos cada vez mais melhorar nossa comunicação. Os desafios nessa área não são pequenos, especialmente por conta do contexto econômico complexo pelo qual passa o país. Na questão agrícola, no entanto, o Brasil tem uma posição estratégica favorável. Nesse sentido, é de fundamental importância que sejam elaboradas políticas públicas adequadas a esse setor que é um dos que mais produzem em nosso país”, afirmou.
O livro conta com 10 autores e está organizado em cinco partes. A parte I traz cinco capítulos técnicos, sendo os três primeiros sobre a agricultura irrigada no Brasil e, os dois últimos, sobre a agricultura irrigada na Espanha e na Austrália, respectivamente. A parte II apresenta um resumo das palestras que compuseram as mesas do seminário. A parte III, os resultados das oficinas de pesquisa/inovação e de capacitação, realizadas durante o evento. Já a parte IV, apresenta a Carta de Frutal, elaborada ao final do seminário. Por fim, a parte V apresenta as bases para o fortalecimento da agricultura irrigada.
Os capítulos técnicos foram atualizados a fim de representar de forma mais coerente as transformações ocorridas na agricultura irrigada desde a realização do seminário até a publicação do livro. “Temos plena confiança de que o material contido nessa obra é atual e contribuirá de forma importante para o desenvolvimento da agricultura irrigada no país”, afirmou o pesquisador Lineu Rodrigues. Os interessados em adquirir o livro Agricultura Irrigada devem enviar um e-mail fazendo a solicitação para o endereço: lineu.rodrigues@embrapa.br.
Período de transição – de acordo com o pesquisador da Embrapa, é fato que a agricultura está passando por um período de transição, o que gera ansiedade aos irrigantes. “A agricultura irrigada no Brasil, assim como em outros países, sempre terá grandes desafios. Mas, irrigantes no Brasil, em geral, são referência em termos de uso de tecnologia e cuidado com o meio ambiente e devem sempre estar preparados para enfrentar as incertezas que existem no processo de produzir alimento ambientalmente sustentável”.
Segundo Lineu, não há dúvida de que fornecer alimento para todo o mundo de forma equitativa e racional passa pela irrigação. “Com a irrigação há a possibilidade de reduzir a expansão horizontal e fortalecer a expansão vertical. Nas últimas décadas, a população brasileira cresceu mais de 110%, já a área plantada, apenas 20% e a produtividade mais de 250%. Hoje colocamos alimento na mesa do brasileiro por um preço 76% menor do que em 1980. Isso só é possível devido às tecnologias que vem sendo desenvolvidas ao longo dos anos, sendo uma delas a irrigação”, enfatizou.
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