Mapa digitaliza mais de 80 serviços e gera economia para o produtor rural
Redução de custos para os produtores é estimada em R$ 43 milhões ao ano. A meta para 2021 é ter mais 77 serviços transformados em digitais
Os agricultores e técnicos do estado do Amapá já podem contar com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para as culturas do algodão herbáceo, amendoim, arroz irrigado, banana, cacau, caju, citros, feijão-caupi, mamona, mandioca, melancia, milho, soja e sorgo granífero. Esta tecnologia indica aos agricultores os períodos favoráveis para plantio ou semeadura por cultura e por município, levando em consideração as características do clima, o tipo de solo e ciclo das cultivares. O Zarc é útil para o produtor evitar que adversidades climáticas coincidam com as fases mais críticas das culturas e reduzam a produtividade.
“O Zarc é uma política pública do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) executada pela Embrapa. Trata-se de uma ferramenta fundamental para apoiar o produtor rural no planejamento das atividades agrícolas. Também é obrigatório seu uso para o agricultor acessar recursos do Programa de Garantia de Atividade Agropecuária (Proagro), do Proagro Mais destinado à agricultura familiar, e também recursos do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR)”, explicou o chefe-geral da Embrapa Amapá, Nagib Melém.
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático passa por revisão anual e os dados são publicados em Portarias no Diário Oficial da União e no site do Ministério da Agricultura, contendo a relação de municípios indicados ao plantio e seus respectivos calendários de plantio ou semeadura. Só neste ano de 2020, foram realizadas 58 Reuniões de Validação on line do Zarc para diversas culturas agrícolas, inclusive para o estado do Amapá. A reuniões da rede Zarc da Embrapa envolveu 32 unidades da empresa na pesquisa e desenvolvimento do Zoneamento, com 2.032 participantes. “Aqui no Amapá também realizamos reuniões de validação com a participação de produtores, de técnicos da superintendência estadual do Ministério da Agricultura, da Federação da Agricultura e Pecuária do Amapá, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, do Rurap, de associação de produtores, e da Conab”, acrescentou Melém.
Atualmente, os estudos de zoneamentos agrícolas de risco climático contemplam 43 culturas agrícolas, tanto de ciclo anual quanto perene, além do zoneamento para o consórcio de milho com braquiária, alcançando 24 estados do Brasil. As culturas de feijão-caupi, milho e soja no estado do Amapá foram incluídas no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) pelo Ministério da Agricultura no início de 2018. Por meio de metodologia conduzida pela Embrapa, foram identificados os graus de riscos para cultivo das três culturas nos 16 municípios do estado.
No caso do Amapá, o estado apresenta ambiguidade em relação ao clima. Ocorrem riscos de perdas na produção por excesso de chuva ou de seca. Por isso, é preciso encontrar a “janela” correta para realização dos plantios e minimizar riscos. A época ou janela de plantio depende do clima, do solo e do cultivo (precoce, médio ou tardio) da cultura a ser utilizada.
A tecnologia do Zarc foi lançada em 1996, é coordenada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e utiliza metodologia desenvolvida pela Embrapa e parceiros, sendo financiado a partir de 2020 pelo Banco Central por meio de um aporte no valor de R$ 8,1 milhões.
O acesso é facilitado pelo aplicativo Zarc Plantio Certo, disponível no Google Play e App store, na seção de aplicativos da Embrapa ( https://www.embrapa.br/aplicativos). Para obter de forma rápida e prática, as informações do Zarc, os produtores e demais agentes do segmento agropecuário podem acessar o aplicativo por meio de tablets e smartphones. O app foi desenvolvido pela Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP) com objetivo de indicar ao produtor as melhores datas de plantio para 43 culturas no Brasil.
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