John Deere destaca colheitadeira STS no Show Rural Coopavel
Cerca de 40 tecnologias comercializadas pela Embrapa Transferência de Tecnologia (Brasília – DF) e sua rede de escritórios e parceiros estarão à disposição do público interessado em negócios que visitar o Show Rural Coopavel, de 7 a 11 de fevereiro, em Cascavel (PR). Entre as tecnologias, estão cultivares de milho, sorgo, feijão, soja, forrageiras, banana, maracujá e batata. Os interessados poderão obter informações sobre como adquirir esses produtos no “Espaço Negócios”, coordenado pela Unidade.
As cultivares de milho que estarão disponíveis ao público são a BRS 1040, BRS 1002, BRS 2022, BRS 3025, BRS 1055 e a BRS 4103. O híbrido simples de milho BRS 1040 apresenta ciclo semiprecoce, com porte médio/alto e grãos semidentados de cor alaranjada, bons níveis de produtividade e estabilidade de produção, bom empalhamento, boa tolerância ao acamamento e ao quebramento e resistência à cercosporiose. Pode ser cultivado nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e estado do Paraná (norte, noroeste e oeste do estado), para plantios em safra e safrinha, sem restrição de altitude.
O milho BRS 1002 também é um híbrido simples, de ciclo precoce, que apresenta excelente sanidade foliar associada à alta produtividade, ótima estabilidade de produção, porte médio, arquitetura ereta, resistência ao acamamento e quebramento, além de ótimo empalhamento. A cultivar é indicada para a época normal de semeadura nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sul do Paraná.
Já o BRS 2022 é um híbrido duplo que, além do baixo custo, reúne bons níveis de produtividade e boa tolerância ao acamamento e ao quebramento. Seu plantio é recomendado para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste e Paraná (norte, noroeste e oeste do Estado) para a safra e em ambientes localizados acima de 700 metros de altitude.
O híbrido triplo de milho BRS 3025 reúne bons níveis de produtividade, com boa tolerância ao acamamento e ao quebramento, arquitetura moderna, ciclo precoce, grãos alaranjados e boa resistência à cercosporiose, à ferrugem comum e à ferrugem polissora. Seu plantio é recomendado para as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Paraná (norte, noroeste e oeste do estado).
O BRS 1055, por sua vez, apresenta boa relação custo-benefício pela produtividade superior à maioria dos híbridos simples em diversos tipos de ambiente. Apresenta porte médio/alto, grãos semidentados de cor avermelhada, elevada produtividade e estabilidade de produção. Também pode ser cultivado nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e estado do Paraná (norte, noroeste e oeste do estado), para plantios em safra e safrinha, sem restrição de altitude.
A variedade BRS 4103 foi desenvolvida preferencialmente para a agricultura familiar e apresenta grãos predominantemente do tipo semiduro, com cor amarelo-laranja, ciclo precoce e baixa altura de planta e espiga, bom potencial de produção, baixa porcentagem de plantas acamadas e quebradas e espigas bem empalhadas e sadias. É recomendada para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste e Paraná (norte, noroeste e oeste do Estado).
Sorgo – No caso do sorgo, o “Espaço Negócios” trará informações sobre as cultivares BRS 655, BRS 802, BRS 810, BRS 330 e BRS 332. O sorgo BRS 655 é um híbrido forrageiro desenvolvido para atender à crescente demanda dos produtores por maior eficiência na alimentação de bovinos. É também especializado para o fornecimento de forragem de alta qualidade para ensilagem.
O híbrido BRS 802 é uma planta de rápido crescimento, vigorosa e de abundante perfilhamento, especializado para o fornecimento de forragem fresca de alta qualidade para corte ou pastejo direto. A alta produtividade de matéria verde obtida com o BRS 802, avaliado sob diversas condições do Brasil, mostra a ampla adaptação desse híbrido às condições tropicais e subtropicais do país.
Já o BRS 810 tem ciclo anual e apresenta alta capacidade de rebrota, excelente palatabilidade e aceitação pelos animais. A cultivar possui alto valor nutritivo, sendo altamente resistente à seca e adaptada à produção de biomassa sob condições de estresse ambiental. Ela cresce muito rapidamente: entre 30 e 40 dias já fornece um pasto de alta qualidade. Seu uso preferencial como forrageira é no corte verde e no pastejo direto.
O BRS 330 e o BRS 332 são híbridos simples de sorgo granífero de porte médio e ciclo médio a tardio com boa resistência ao acamamento e ampla adaptabilidade em plantios de sucessão nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Apresenta alto nível de produtividade, estabilidade de produção, grãos vermelhos de boa qualidade e moderada resistência à antracnose.
Feijão – O público do Show Rural Coopavel poderá conhecer ainda as cultivares de feijão BRS Esplendor, BRS Campeiro, BRS Supremo, BRS Estilo, BRS Cometa e BRS Radiante. A BRS Esplendor é indicada para cultivo em São Paulo, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Sul na safra das águas; em Tocantins na safra de inverno; em Mato Grosso do Sul e Rondônia na safra da seca; em Mato Grosso nas safras do “inverno” e da seca; em Santa Catarina e no Paraná na safra das águas e da seca; e em Goiás nas safras das águas, seca e inverno.
A BRS Campeiro é uma cultivar de feijoeiro comum – do grupo preto – que apresenta alto potencial produtivo, excelentes qualidades culinárias, porte ereto – o que facilita a colheita mecânica –, resistência ao acamamento e ciclo mais curto, entre 90 a 95 dias após o plantio no Rio Grande do Sul. Ela pode ser plantada tanto na safra como na safrinha, nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
O feijão BRS Supremo – pelo seu porte ereto de planta, seu potencial produtivo, grão com excelentes qualidades culinárias, resistência às principais doenças e ao acamamento – é mais uma opção para os produtores interessados em produzir feijão de tipo de grão preto nas safras das "águas" e da "seca" nos estados de Santa Catarina e Paraná, e nas safras das "águas" e de "inverno" em Goiás e Distrito Federal.
A BRS Estilo – além do porte ereto de planta, alto potencial produtivo, resistência às principais doenças e ao acamamento – apresenta estabilidade de produção e grãos claros com tamanho semelhante aos da cultivar Pérola. Ela é indicada para as safras das “águas” em Goiás, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Sul; de “inverno” em Goiás, Mato Grosso e Tocantins; e da “seca” em Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Uma das vantagens da BRS Cometa é a sua precocidade, com ciclo de aproximadamente 78 dias da emergência à maturação fisiológica. A cultivar apresenta ainda um alto potencial produtivo, grão com excelentes qualidades culinárias, resistência às principais doenças e ao acamamento, sendo mais uma opção para os produtores interessados em produzir feijão carioca nas safras das “águas” e da “seca” em Santa Catarina e Paraná, nas safras das “águas” em São Paulo, nas safras das “águas”, “seca” e “inverno” em Goiás e Distrito Federal, nas safras da “seca” e “inverno” no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, na safra de “inverno” no Tocantins, e na safra das “águas” na Bahia, Sergipe e Alagoas.
Por fim, a cultivar de feijoeiro comum com tipo de grão rajado BRS Radiante, pelo seu potencial produtivo, grão grande aliado a excelentes qualidades culinárias, porte ereto e resistência ao acamamento, é mais uma opção para os produtores interessados em produzir feijão de tipo de grão rajado, com maior valor de comercialização em Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Soja – O “Espaço Negócios” apresentará também informações sobre diversas cultivares de soja, como as convencionais BRS 184, BRS 232, BRS 282, BRS 283, BRS 284 e BRS 317, além das transgênicas BRS 294RR, BRS 295RR e BRS 316RR.
A BRS 184 é uma cultivar de soja com alto potencial produtivo e excelente ramificação da planta. É resistente ao cancro da haste, à mancha olho-de-rã, ao mosaico comum da soja e ao vírus da necrose da haste. Pode ser cultivada em ambientes de média fertilidade nos estados do Paraná, São Paulo, Santa Catarina e sul do Mato Grosso do Sul.
A BRS 232 também apresenta excelente potencial produtivo, com rendimento considerável em regiões acima de 600m. É resistente ao cancro da haste, à mancha “olho de rã”, à podridão parda da haste, ao mosaico comum da soja e ao vírus da necrose da haste, além de moderadamente resistente ao nematóide de galha. A cultivar é indicada para os estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina.
Outra cultivar com alto potencial produtivo, a BRS 282 tem boa resistência aos dois nematóides de galha, Meloidogyne incognita e Meloidogyne javanica, boa qualidade de sementes e ciclo semiprecoce. Seu plantio é indicado em solos de média a alta fertilidade, nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e região sul do Mato Grosso do Sul.
Já a BRS 283 e a BRS 284 apresentam ciclo precoce e podem ser plantadas em outubro, permitindo o cultivo do milho safrinha logo após a soja. Possuem boa resistência ao nematóide de galha Meloidogyne javanica, boa qualidade de semente e boa resistência ao acamamento. Também são indicadas para os estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e região sul do Mato Grosso do Sul.
Também indicada para os mesmos estados, a BRS 317 apresenta resistência a pústula bacteriana, mancha “olho-de-rã”, cancro da haste, mosaico comum e ao nematóide Meloidogyne incognita. É moderadamente resistente a podridão parda da haste e a oídio, e possui resistência de campo a podridão radicular de fitóftora.
Entre as transgênicas, a BRS 294RR e a BRS 295RR apresentam tolerância ao glifosato, ciclo de maturação precoce, alto potencial produtivo e estabilidade, com indicação de plantio para todas as regiões do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, além da região sul do Mato Grosso do Sul. Indicada para as mesmas regiões e também tolerante ao glifosato, a BRS 316RR apresenta resistência aos nematóides de galhas, a pústula bacteriana, mancha olho-de-rã, cancro da haste, podridão radicular de fitóftora, podridão parda da haste, mosaico comum e ao nematóide Meloidogyne javanica.
Forrageiras – Entre as forrageiras, destaque para a cultivar de azevém BRS Ponteio e para o capim BRS Piatã. O azevém BRS Ponteio apresenta como principal vantagem um ciclo de produção mais longo, permitindo o início do pastejo cerca de 20 dias mais cedo do que em pastagens de azevém comum. Como o florescimento da BRS Ponteio é mais tardio, é possível também a manutenção dos animais no pasto por mais tempo. Esse tipo de pastagem é indicado para a Região Sul.
Já a Brachiaria brizantha BRS Piatã, ou capim BRS Piatã, também estará disponível no “Espaço Negócios”. A planta é apropriada para solos de média fertilidade, produz forragem de boa qualidade e acumulação de folhas. Destaca-se pelo elevado valor nutritivo e alta taxa de crescimento e rebrota. A BRS Piatã é resultado do programa de melhoramento genético coordenado pela Embrapa Gado de Corte (Campo Grande – MS) em parceria com a Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras Tropicais (Unipasto).
Frutas – Quem for ao “Espaço Negócios” da Embrapa Transferência de Tecnologia no Show Rural Coopavel poderá conhecer ainda as cultivares de banana BRS Conquista e os maracujás BRS Sol do Cerrado, BRS Gigante Amarelo e BRS Ouro Vermelho. A BRS Conquista é resistente à sigatoka-negra, ao mal do Panamá e à sigatoka-amarela. Além disso, ela apresenta uma alta produtividade, podendo atingir 48 toneladas por hectare ao ano. Os frutos são saborosos e receberam aprovação por consumidores em supermercados de Campinas (SP) e na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP).
Por sua vez, as cultivares de maracujá BRS Sol do Cerrado, BRS Gigante Amarelo e BRS Ouro Vermelho têm algumas características comuns, tais como maior quantidade de vitamina C, bom rendimento de polpa e frutos apropriados para indústria e mesa, além de maior tempo de prateleira. A BRS Sol do Cerrado produz frutos grandes com formato oblongo e possui tolerância às principais doenças foliares do maracujazeiro. A BRS Gigante Amarelo produz frutos homogêneos, resistentes ao transporte e possui tolerância à antracnose e bacteriose. A BRS Ouro Vermelho produz frutos de formato oblongo e casca avermelhada e também é tolerante às principais doenças foliares.
Batatas – Entre as cultivares de batata, quatro estarão disponíveis no “Espaço Negócios”: BRS Ana, BRS Clara, BRS Elisa e BRS Cristal. A BRS Ana é uma cultivar de batata com pele rosada e alto teor de matéria seca, adequada para processamento como palito pré-frito. Possui porte alto, ciclo tardio de 110 dias, tubérculo alongado, olhos rasos, película levemente áspera. Com relação às doenças, apresenta tolerância intermediária a requeima e pinta preta e é bem tolerante a stress hídrico.
Já a BRS Clara apresenta resistência à requeima, doença devastadora para a bataticultura mundial, que compromete grande parte da produção além de depreciar o produto e aumentar os custos de produção, com reflexos para os consumidores.
A BRS Elisa é uma cultivar de batata com cor amarela creme e película lisa e brilhante, tem baixo teor de matéria seca, adequada para consumo doméstico, como salada e cozida. Possui porte alto e vigoroso, ciclo tardio de 100 dias, tubérculo alongado e olhos rasos. Com relação às doenças, apresenta tolerância intermediária a requeima e pinta preta, é susceptível a canela preta e tem boa tolerância a degenerescência a viroses.
A BRS Cristal, assim como a BRS Ana e a BRS Elisa, apresenta resultados muito bons na redução do uso do agrotóxico, apresentando um alto potencial produtivo, semelhante à produtividade observada nas batatas comuns, além de uma ampla capacidade de se adaptar aos diferentes tipos de clima e solo encontrados no Brasil.
O “Espaço Negócios” apresentará ainda o sistema de Multiplicação de matrizes de Batata-Doce com alta sanidade das cultivares Beauregard, Brazlandia branca, Brazlandia rosa, Brazlandia roxa, Dacosta e Princesa.
Eduardo Pinho Rodrigues
Embrapa Transferência de Tecnologia
(61) 3448-1822
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