Embrapa apresenta cultivares e seleções de pêssego em congresso

A Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da rede nacional de adaptação e validação para fruteiras apresentará frutos de cinco cultivares de pessegueiro e seleções experimentais da cultura ao XXI Congresso Brasileiro de Fruticultura. O evento promovido pela Sociedade Brasileira de Fruticultura está sendo realizado no Centro de Convenções de Natal (Natal/RN), de 17 a 22 de outubro.

 

A rede gerenciada pela Embrapa Transferência de Tecnologia, por meio do Escritório de Negócios localizado em Campinas (SP), atua especialmente na fase de pós-melhoramento em auxílio ao programa de melhoramento realizado pelos centros de pesquisa - que no caso de pessegueiros é a Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS), explica Ciro Scaranari, agrônomo daquele Escritório.

 

Há dois anos, cerca de 20 novas seleções experimentais começaram a ser avaliadas pela rede e algumas delas serão apresentadas durante o Congresso. A Embrapa levará também suas mais novas cultivares de pêssego: BRS Rubimel e BRS Bonão, lançadas em 2007, e ainda: BRS Libra, BRS Âmbar e BRS Kampai, que chegaram ao mercado no ano passado.

 

Cultivares - A BRS Kampai foi a primeira cultivar selecionada pela rede nacional de validação para fruteiras da Embrapa - fortalecida pela qualidade do resultado obtido. A cultivar é adaptável a regiões subtropicais, desde a região Sudeste até o Rio Grande do Sul.

 

A Kampai alia beleza a bom sabor das frutas e o certificado de proteção conferido à cultivar garante ao produtor a origem genética da planta. Também protegida, a BRS Libra é indicada para industrialização e apresenta ciclo de maturação precoce e baixa necessidade de frio hibernal (100-200 horas).

 

Entre as vantagens da BRS Ambar, destinada ao processamento, estão: maior tolerância à bacteriose e nos aspectos quanto à qualidade de frutos, como tamanho, coloração, menor escurecimento de polpa, além de ótimo sabor.

 

Já as plantas da BRS Bonão adaptam-se em áreas com cerca de 200 horas de frio hibernal. Em testes de enlatamento dos frutos, resultou um produto de muito boa qualidade. A BRS Rubimel, que também será apresentada no Congresso, amadurece no Brasil desde meados de outubro (regiões quentes) para início de novembro (regiões frias).

 

Abacaxi – O estande da Embrapa no XXI Congresso Brasileiro de Fruticultura também vai expor frutos da BRS Imperial. A cultivar protegida no Serviço Nacional de Proteção de Cultivares do Ministério da Agricultura está no mercado desde 2003 e tem como diferenciais a polpa amarela, o elevado teor de açucares, o excelente sabor e a tolerância ao transporte.

 

Desde 1984, a Embrapa Mandioca e Fruticultura mantém programa de melhoramento genético do abacaxizeiro em busca de variedades que aliem resistência à fusariose a boas características sensoriais exigidas pelo mercado.

 

A Embrapa Transferência de Tecnologia tem participado da etapa final das pesquisas. A BRS Ajubá, por exemplo, foi avaliada durante três ciclos de produção em testes de validação realizados em parceria com a Emater-RS no Noroeste do Rio Grande do Sul, região para a qual é recomendada.

 

Valéria Costa

Embrapa Transferência de Tecnologia

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