Emater/RS-Ascar e Embrapa debatem controle da lagarta Helicoverpa

12.12.2013 | 21:59 (UTC -3)
Assessoria de Imprensa

A Caravana Embrapa de Alerta às Ameaças Fitossanitárias, com foco no controle da lagarta Helicoverpa armigera, realiza palestra nesta sexta-feira (13/12), em Santa Maria, no Auditório Multiuso da UFSM, às 14h, com a presença de quatro pesquisadores da Embrapa, do assistente regional em Culturas do escritório regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, Luiz Antônio Rocha Barcellos, do assistente estadual em Grãos da Emater/RS-Ascar, Alencar Paulo Rugeri, e do gerente regional de Santa Maria, Cesar de Medeiros.

Durante as palestras, destinadas aos técnicos do meio rural, deverão ser discutidos desde os motivos que levaram a praga exótica – originária da Ásia - a se estabelecer nas lavouras brasileiras, até medidas de controle, partindo do monitoramento, correta identificação e uso eficiente de produtos químicos.

“Os agricultores devem ter calma e fazer o monitoramento da lavoura pelo menos dois dias por semana. Na dúvida, devem coletar lagartas e levar até o escritório da Emater do município e encaminhar a identificação da espécie. A Emater também instalou em algumas áreas armadilhas visando à identificação do inseto adulto, que resultará na identificação ou não da praga na área”, explica Barcellos.

No mundo, estão registrados 640 relatos de resistência de H. armigera a inseticidas, situação que também vem sendo observada no Brasil. Pesquisadores discutem o manejo integrado de pragas, já que com o uso abusivo de defensivos, muitos predadores naturais – como joaninhas, vespas, vírus, fungos e bactérias – foram gradativamente eliminados das lavouras. Ainda, o uso repetitivo de transgênicos com o mesmo gene na área de cultivo, como algodão e milho com o mesmo gene inseticida Bt, pode ter selecionado pragas mais tolerantes. Estratégias recomendadas pela pesquisa, mas muitas vezes ignoradas pelo produtor, como manter áreas de refúgio, podem retardar a evolução da resistência, quando insetos resistentes podem acasalar com insetos suscetíveis.

No Rio Grande do Sul, as atividades são coordenadas pela Embrapa Trigo, em parceria com a Emater/RS-Ascar e com apoio das universidades. As atividades da Caravana Embrapa são voltadas para extensionistas, técnicos de cooperativas, sindicatos e associações rurais, pretendendo atingir seis mil pessoas em todo o Brasil, tornando-as multiplicadores das técnicas e orientações repassadas pela equipe de pesquisadores da Embrapa e da Emater/RS-Ascar.

A Caravana Embrapa de Alerta às Ameaças Fitossanitárias já realizou encontros em Vacaria, Ijuí, Passo Fundo e Santa Rosa, devendo encerrar-se em Santa Maria.

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