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Criação de um projeto estruturante, com foco no seguro rural, assistência técnica e extensão rural, pesquisa agropecuária, capacitação e formação profissional e acesso a mercados e promoção de produtos agropecuários. Esse foi o acordo firmado entre o governador do estado de Goiás, Marconi Perillo, e a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), em audiência pública, realizada na manhã desta sexta-feira (12), na sede da Faeg.
De acordo com o governador, o objetivo é, por meio da iniciativa público-privada, criar um fundo que possa gerir ações voltadas à agropecuária e sanar os gargalos do setor. “Apoiamos a criação desse projeto. Sem dúvidas a Faeg soube apresentar uma proposta ampla, que atende de forma correta às necessidades dos produtores. Queremos sim que essa parceria dê certo.” Marconi acrescentou ainda que esse fundo deve ser gerido aos moldes do Fundepec.
O presidente da Faeg, José Mário Schreiner, relatou ao governador quais os motivos que fez com que a Federação observasse a necessidade da criação desse projeto estruturante. Para José Mário, o estado está à beira de um apagão de mão de obra para o campo e é preciso ampliar e intensificar a formação de mão de obra qualificada. Ele explica que Goiás tem plena capacidade de dobrar sua produção de alimentos, mas a assistência técnica tem de chegar aos produtores que não podem pagar por ela e que são a grande maioria. “O setor privado está disposto a ajudar a superar esses gargalos”, diz José Mário.
Na audiência, a Faeg apresentou um estudo estruturado em três temas, infraestrutura e logística; segurança e política agrícola. O presidente do Sindicato Rural de Chapadão do Céu, Antônio Roque, apresentou os gargalos na área da infraestrutura. Segundo ele é necessário acelerar a execução do Programa Rodovida, planejar as próximas ações para solucionar os gargalos da logística com base no estudo da macrologística e criar um programa de recuperação e manutenção das estradas vicinais, com patrulhas para apoio às prefeituras, via consórcios intermunicipais, cogeridas pelos sindicatos rurais.
Rogério de Oliveira, presidente do Sindicato Rural de Itumbiara, falou do segundo tópico. De acordo com Rogério, a sociedade vive com sentimento de insegurança, devido à deficiência de estrutura, pessoal e equipamentos das polícias militar e civil. “Ações criminosas são realizadas por quadrilhas, que vão desde explosão de caixas de bancos, roubos de insumos e rebanhos nas fazendas e assassinatos, de forma banal, rotineira e crescente. Além dos problemas causados pela invasão das drogas no campo. Isso aumenta o medo de morar nas propriedades rurais.”
Uma forma de conter essa insegurança, segundo Rogério, é ampliar o programa da patrulha rural e aumentar o número de efetivo policial, com custeio pelo estado. “Queremos uma maior integração das polÍcias civil e militar na apuração dos crimes e regionalizar o Grupo de Repressão aos Crimes Rurais, como foi criado em Goiânia”, analisa.
Pensando na melhoria da política agrícola, o presidente do Sindicato Rural de Leopoldo de Bulhões, Carlos Antônio Borges, destacou que é preciso, imediatamente, a aprovação do Código Florestal Estadual. “Essa nova legislação é essencial para os produtores rurais.” Ele acrescenta viável a criação de um grupo permanente para discutir as questões fiscais, tributárias e ambientais que envolvem o setor, a isenção de ICMS e redução das taxas sobre produtos, insumos equipamentos agropecuários. “Achamos válido também a divulgação do potencial produtivo e marketing com apoio às exposições e festas agropecuárias e estimular e incentivar a interiorização da agroindustrialização aproveitando o potencial de cada região”, diz.
Presidentes de 53 Sindicatos Rurais participaram da audiência, além dos prefeitos dos municípios de Cachoeira Alta, Campestre, Doverlândia, Caçu, Niquelândia, Inaciolândia, Acreúna, Araguapaz, Silvânia, Corumbá de Goiás, Quirinópolis, Matrinchã, Piranhas, Jesupolis, Petrolina, Paraúna, São João da Paraúna e São Francisco de Goiás.
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