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A economia brasileira cresceu, em média, menos de 2% por ano, em um passado recente, diante desse cenário, as contas públicas têm se deteriorado significativamente. A indústria não tem crescido e o mercado de trabalho mostra sinais de saturação. Mesmo com esta realidade, o setor agrícola e do mercado de alimentos obtiveram resultados muito melhores do que o resto da economia, com taxas médias de crescimento de quase o dobro da média da economia. O setor de agronegócios com cereais se inclui neste contexto, e é tema de discussão da LACC3 - Latin American Cereal Conference Brazil 2015 deste ano, que ocorre entre 29 de março e 1º de abril na ExpoUnimed, em Curitiba.
Pesquisadores das principais universidades e instituições do Brasil foram convidados para apresentar seus conhecimentos na área. “O consenso é de que a política monetária em 2015 deve ser restritiva, para conduzir a inflação para o centro da meta”, afirma André Chagas, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). “A condução da política monetária deve contribuir para reduzir a pressão sobre os preços dos alimentos, principalmente de produtos manufaturados, e 2015 deve ser um ano de resultados menos otimistas do que os anteriores.”
Para falar sobre a economia geral da alimentação e da nutrição, Denise Cavallini Cyrillo, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), traçará um panorama da organização de recursos como base da sobrevivência humana. Através de dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), ela explica que houve uma mudança nas causas de mortes dos seres humanos, desde a década de 60. “No Brasil, as doenças não transmissíveis foram responsáveis por 75% de todas as mortes, enquanto no Canadá foi de 89%, e na África Subsaariana, 44%. Segundo a OMS, esta situação é resultado, em grande parte, das transformações socioeconômicas das últimas décadas que levaram a população para um estilo de vida baseado em uma dieta pouco saudável, sedentarismo, tabagismo e uso de álcool exagerado”, explica Denise. “Historicamente, temos visto o surgimento de produtos mais saborosos, mas de qualidade nutricional questionável. A questão é: como podemos contribuir para melhorar a qualidade de alimentação da população brasileira?”
José Roberto Fernandes Canziani, do Departamento de Economia Rural e Extensão da Universidade Federal do Paraná (DERE/UFPR), falará sobre a produção de trigo no Brasil e no mundo, e Maria Sylvia Macchione Saes, da Universidade de São Paulo (USP), sobre transformações no mercado de cereais e suas relações com a indústria alimentícia. Maria Helena Zockun, da FIPE, e Paulo Rezende, da Fundação Dom Cabral, completam a lista de convidados e falarão a respeito dos impostos no mercado de cereais e os custos logísticos dos agronegócios no país.
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