DuPont Benevia obtém autorização emergencial e temporária de importação

03.09.2014 | 20:59 (UTC -3)

O Governo Federal acaba de autorizar, em caráter emergencial e temporário, a importação do composto Ciantraniliprole, para comercialização somente no estado de Minas Gerais. Essa autorização foi concedida em vista da apresentação de resultados e laudos oficiais que comprovam a eficácia do produto no controle da broca do café. Com a medida, a DuPont Proteção de Cultivos iniciará nos próximos meses a distribuição de seu inseticida Benevia, indicado no controle dessa praga.

O manejo da broca do café, praga que vem trazendo prejuízos representativos às lavouras, é considerado atualmente o maior desafio fitossanitário da cafeicultura, na qual o estado de Minas Gerais figura como maior produtor nacional.

Gerente de mercado da DuPont para a cultura de Café, o engenheiro agrônomo Luiz Braga afirma que o composto Ciantraniliprole - ingrediente ativo do inseticida Benevia - constitui uma descoberta científica de ponta, que transferirá uma série de benefícios ao cafeeiro. Por ora autorizado exclusivamente para controle da broca do café, o produto é descrito por cientistas e pesquisadores como uma tecnologia “de ruptura”.

Gerente de mercado da DuPont para Especialidades Brasil, o engenheiro agrônomo Ademilson Villela afirma que Benevia reúne características capazes de revolucionar o manejo da produção em diferentes culturas agrícolas. Segundo o executivo, a companhia espera pelo registro oficial para uso do Ciantraniliprole também para outros cultivos.

A Portaria do Ministério da Agricultura que autoriza emergencialmente e temporariamente a importação do Ciantraniliprole, determina que o controle químico da broca do café seja realizado em talhões de lavouras, com suporte de monitoramento. O número máximo de aplicações permitido é de duas, na modalidade foliar, com intervalos de 30 a 60 dias, na dose de 175 gramas de ingrediente ativo por hectare. A recomendação oficial indica ainda que a primeira aplicação deve ser feita no início da formação dos grãos.

Tida atualmente como uma das principais pragas do cafeeiro, a broca do café (Hipothenemus hampei) teve origem na África Equatorial. Chegou ao Brasil pouco antes dos anos de 1920. A broca pode trazer prejuízos representativos para a cultura em toda a região cafeeira nacional. Por sua capacidade de proliferação, tornou-se um problema fitossanitário comum a todos os países produtores de café. A praga perfura o fruto e assim compromete boa parte da produção, “tanto em volume como qualidade”, conclui Luiz Braga.

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