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Cada vez mais presentes nas lavouras brasileiras, os drones agrícolas se firmam como uma alternativa eficiente para agricultores e prestadores de serviço. Com avanços técnicos e modelos de maior capacidade, a pulverização com drones pode ultrapassar 100 hectares por dia com apenas um equipamento.
A crescente adoção da tecnologia é tema do novo Documento 474 da Embrapa Soja, intitulado "Uso de drones agrícolas no Brasil: da pesquisa à prática". Assinado pelo pesquisador da Embrapa, Rafael Moreira Soares, e pelo empresário Eugênio Passos Schröder, o material será lançado no Congresso Brasileiro de Soja e Mercosoja 2025, que ocorre de 21 a 24 de julho, em Campinas (SP).
A publicação reúne informações sobre regulamentações, funcionamento, resultados de pesquisas e exemplos práticos de uso em diferentes culturas. Segundo Soares, os drones representam uma tecnologia intermediária entre pulverizadores terrestres e aviões agrícolas. “É essencial uma análise criteriosa antes da adoção para garantir benefícios reais à atividade agrícola”, ressalta.
Entre as vantagens destacadas estão a eliminação da compactação do solo, redução no consumo de água, rastreabilidade das aplicações e menor exposição do operador a produtos químicos. A tecnologia ainda passa por melhorias, com destaque para a adoção crescente de bicos rotativos, que oferecem maior uniformidade na formação de gotas e ajudam a reduzir a deriva.
A operação de drones agrícolas envolve regulamentações específicas. Equipamentos devem ser homologados pela Anatel e registrados na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), além de seguir as regras do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), no caso da aplicação de insumos.
Soares destaca a importância de cumprir toda a legislação vigente. “É fundamental garantir a segurança das operações e evitar problemas com órgãos de fiscalização”, afirma.
Com a chegada de drones com tanques de 40 litros ou mais a partir de 2022, a viabilidade econômica da tecnologia aumentou. Segundo Soares, agricultores podem adaptar estruturas já existentes, como veículos e misturadores, para operar o equipamento com menor custo inicial.
Para prestadores de serviço, o investimento total é mais elevado. Schröder estima que o custo para iniciar um negócio de pulverização com drones chega a ser três vezes o valor do equipamento, considerando acessórios, transporte, estrutura e capital de giro. “É preciso planejamento técnico e financeiro para garantir a viabilidade do negócio”, alerta.
O custo da aplicação com drones varia entre R$ 100 e R$ 400 por hectare, dependendo de fatores como relevo, distância, tipo de produto e complexidade da operação.
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