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O cuidado com o trabalhador rural está entre os compromissos do Cerest. O Centro Regional de Referência em Saúde do Trabalhador da Macrorregião Missioneira busca através de projetos e ações de educação promover e proteger a saúde desses profissionais. Nessa sexta-feira (25) é comemorado o Dia Nacional do Trabalhador Rural e a data serve como marco das ações realizadas pela instituição de saúde.
O trabalho rural é a atividade econômica que acontece em meio agrícola, pecuário, de reflorestamento ou corte de madeira. É considerado trabalhador rural toda a pessoa que presta serviços no campo regularmente a outra pessoa e recebe por isso. Instituído através da Lei nº 4.338, de 1º de maio de 1964, no dia 25 de maio comemora-se o dia desse profissional. Na época o presidente da República Humberto Castelo Branco pretendia simbolizar o início de uma nova era de desenvolvimento agrícola com ênfase na reforma agrária. No dia 25 de maio de 1963, aos 42 anos, Fernando Ferrari faleceu em trágico acidente aéreo, reconhecido como o parlamentar mais diligente e dedicado às questões sociais do trabalhador rural. O dia de seu falecimento foi transformado em uma data comemorativa a esses profissionais.
O Cerest com intuito de promover e proteger a saúde dos trabalhadores rurais durante todo o ano realiza ações de educação em saúde e de prevenção, através da realização de palestras direcionadas ao trabalhador rural, distribuição de materiais informativos e realização de projetos de pesquisa sobre o tema ‘Agrotóxico’, além de realizar a reabilitação de trabalhadores já adoecidos. “Neste dia 25, o Cerest quer enfatizar ainda mais o alerta a todos os trabalhadores e empregadores do meio rural sobre os riscos de acidentes e adoecimentos no trabalho”, afirma a fonoaudióloga do Centro de Referência, Elisa Lucchese Bezerra que ressalta a importância desse profissional ao apontar que desde a criação da data a importância do trabalhador rural tem crescido na proporção do aumento da produção agropecuária no Brasil.
Entre os riscos de saúde que os trabalhadores rurais sofrem as mais comuns são:
- Acidentes com ferramentas manuais, com máquinas e implementos agrícolas ou provocados por animais;
- Acidentes com animais peçonhentos. Cobras, aranhas, escorpiões taturanas e abelhas são os mais freqüentes;
- Exposição a agentes infecciosos e parasitários endêmicos que provocam doenças como a esquistossomose, malária e etc;
- Exposição a radiações solares por longos períodos podendo ocasionar câimbras exaustão por calor, envelhecimento precoce e câncer de pele.
- Exposição ao ruído e à vibração devido ao uso de tratores, motosserras, colheitadeiras etc. O ruído provoca perda auditiva progressiva, fadiga, irritabilidade, aumento da pressão arterial, distúrbios do sono etc. A vibração ocasiona desconforto geral, dor lombar, degeneração dos discos intervertebrais, a “doença dos dedos brancos” e etc.
- Exposição a partículas de grãos armazenados, ácaros, pólen detritos de origem animal, componentes de células de bactérias e fungos que provocam doenças respiratórias, como a asma ocupacional e as pneumonites por hipersensibilização.
- Ler/Dort: Lesões por Esforços Repetitivos/ Doenças Osteomunsculares Relacionadas com o Trabalho, ocasionadas pela divisão e ritmo intenso de trabalho com cobrança de produtividade, jornada de trabalho prolongada, ausência de pausas e outros aspectos da organização do trabalho.
- Exposição a fertilizantes que podem causar intoxicações graves e mortais.
- Exposição a agrotóxicos podendo ocorrer sintomas agudos (náusea, cefaléia, tontura, vômito, parestesias, coma, morte) ou sintomas crônicos (paresia e paralisia reversível, ação neurotóxica retardada irreversível, pancitopenia).
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