Dia de campo abordou uva de mesa

23.09.2009 | 20:59 (UTC -3)

Repassar resultados de pesquisa e orientar sobre o cultivo das uvas sem sementes desenvolvidas pela Embrapa (BRS Clara, BRS Linda e BRS Morena) e da Niágara Rosada foram os objetivos do dia de campo que aconteceu segunda-feira (21/09).

O evento foi realizado na Sede da Estação Experimental de Viticultura Tropical, em Jales (São Paulo)

O evento, realizado anualmente, reuniu sessenta produtores e técnicos da cidade de Jales, Aparecida D’Oeste, Dolcinópolis, Palmeira D’Oeste, Paranapuã, Marinópolis, Santa Fé do Sul, Aspásia, Urânia, Vitória Brasil, Ribeirão Preto e de Brasília (DF) interessados em obter maiores informações e conferir no campo as inovações da viticultura de mesa.

Uma das grandes novidades do Dia de Campo em relação a edição do ano passado foi a inclusão de uma estação sobre o manejo na colheita e pós-colheita para uvas de mesa, apresentada pela pesquisadora Lucimara Antoniolli, que fica lotada na Sede da Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves (RS). A palestra apresentou orientações gerais sobre os cuidados que o viticultor deve adotar na colheita e na pós-colheita, na higiene e também na organização do packing house. O tema chamou tanto a atenção, que em breve a pesquisadora deverá voltar à região a convite da CATI-EDR de Jales.

Os participante também conferiram os bons resultados do uso da cobertura plástica na produção de uvas sem sementes com o pesquisador da Embrapa Uva e Vinho Reginaldo Teodoro de Souza, que destacou como principais benefícios a garantia da qualidade da fruta, sem rachaduras, e a redução em até 90% do uso de agroquímicos. Também apresentou alguns cuidados que essa nova forma de produção exige. Como por exemplo a correta colocação e amarração da cobertura para evitar que estrague com as correntes de vento. O alto custo deste tipo de produção foi um dos aspectos abordados pelo engenheiro Agrônomo da Cati – Jales , Gilberto Pelinson, que destacou que o custo de implantação da viticultura já é alto e em muitos casos, a colocação da plasticultura poderá ser inviabilizada. Outro dado interessante apresentado por Pelinson foi os resultados de pesquisa que apontou que a produção de uvas finas está em declínio e os investimentos no plantio de cultivares rústicas , como a Niágara Rosada, estão atraindo cada vez mais os produtores.

O manejo de irrigação e a cobertura de solo foram temas apresentados pelo pesquisador da Embrapa Uva e Vinho Marco Antônio Fonseca Conceição . O pesquisador reforçou a importância da adequada quantidade de água no cultivo da videira. “Tanto o excesso com a falta são prejudiciais. Muita água pode ocasionar desperdício de energia e a perda de nutrientes, enquanto a falta de água pode prejudicar o desenvolvimento da planta e do fruto”, comentou o pesquisador. Marco Antônio demonstrou o uso do tensiômetro, um dos equipamentos mais simples que existem no mercado para medir a água no solo e auxiliar a planejar a irrigação.

Além da latada, o pesquisador João Dimas Garcia Maia apresentou aos participantes algumas pesquisas em sistemas de condução alternativos em espaldeira, com dois ou sete fios de arame. Esses novos estudos visam adaptar um novo sistema com custo mais acessível e com maior facilidade de manejo para os produtores.

O estudo de novas formas de controle de doenças em ‘Niágara Rosada’ foi o tema abordado pela pesquisadora Rosemeire Lellis Naves.

Publicações disponíveis sobre os temas:

Circular Técnica sobre Boas práticas de fabricação e manejo na colheita e pós-colheita de uvas finas de mesa.

Comunicado 48: BRS Linda: Nova cultivar de uva branca de mesa sem semente

Comunicado 47: BRS Morena: Nova cultivar de uva preta de mesa sem semente

Comunicado 46a: BRS Clara: Nova cultivar de uva branca de mesa sem semente

Sistema de Produção da Uva Niágara Rosada em Regiões Tropicais

Viviane Zanella

Embrapa Uva e Vinho

54-3455-8084

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