Plantio de soja avança em muitas áreas do país, mas Paraná ainda preocupa
O percentual avançou 13,3 pontos percentuais em uma semana e passou ligeiramente a média para esta época
O consumidor brasileiro está cada vez mais exigente com relação ao que compra, utiliza e leva a mesa de sua casa. Produtos com qualidade, sustentáveis, com rastreabilidade e garantia de origem são os diferenciais mais almejados. Ciente desta demanda e preocupada em desenvolver produtos eficientes, empresas do segmento agropecuário têm se esforçado e investido em tecnologias para levar ao mercado o que há de melhor.
Uma dessas empresas é a Ubyfol, multinacional brasileira que desenvolve fertilizantes especiais. Sediada em Uberaba, no triangulo mineiro, a empresa nos últimos anos não mediu esforços e nem investimentos para tornar seus processos ainda mais modernos, tecnológicos e eficientes. Um dos setores mais tecnificados da empresa é o departamento de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), que hoje conta com estrutura laboratorial e um campo experimental para validação dos produtos.
Nesse departamento, não por acaso, é onde tudo começa. De acordo com a Analista de P&D, Fernanda Rezende Terra, quando é identificada uma demanda para desenvolvimento de um novo produto, no caso da Ubyfol, para nutrição de plantas, a área comercial ou técnica prepara um briefing básico de necessidades para essa tecnologia, e compartilha com a área para se iniciar o trabalho. “A partir dessa solicitação começa o processo de desenvolvimento em laboratório, com etapas como formulação, testes de estabilidade e de bancada, busca por matéria prima e compatibilidade, e diversas análises para aperfeiçoamento da formulação”, diz.
Para os testes de estabilidade, a Ubyfol realiza análises de 14 dias a 54°C, e paralelamente a 6°C. “A exposição à altas temperaturas em um determinado intervalo de tempo, simula o processo de validade do produto, que atualmente, são dois anos após fabricação. Já quando a formulação é submetida à 6°C, é possível avaliar como o produto final se comportará em temperaturas mais baixas”, complementa a profissional.
Em média, as etapas de formulação no laboratório da Ubyfol levam cerca de três meses para serem realizadas, enquanto o mercado apresenta um tempo muito maior. O processo é ágil, principalmente, por conta da tecnologia dos equipamentos presentes na empresa. “Através do ICP – espectrofotômetro de absorção atômica com plasma acoplado –, é possível analisar todos os nutrientes presentes em uma amostra, de uma única vez. Dessa forma, o trabalho que espectrofotômetro tradicional executa em uma semana, o ICP pode fazer em um único dia”, detalha Fernanda.
Finalizada a etapa de desenvolvimento em laboratório, o produto passa para a etapa de validação agronômica. A Coordenadora do Departamento Técnico Ubyfol, Ana Maria Bonatti, conta que já existem pré-seleções de tipos de produto, e em quais culturas eles serão testados. “Inicialmente testamos a nova formulação na cultura a qual surgiu à demanda, mas também observamos suas características, e avaliamos se é possível posicioná-lo em outros cultivos. Para isso, são testadas curvas de respostas às doses, além de aplicações em momentos diferentes do ciclo da planta, e locais diferentes, visando encontrar o melhor posicionamento técnico do produto” complementa Ana.
Considerando todo o processo de desenvolvimento em laboratório e validação agronômica, uma formulação leva, em média, dois anos para ser levada ao mercado. “Realizamos os testes a campo em duas etapas. Primeiramente em nossa própria Estação de Pesquisa, onde determinamos as melhores doses de resposta, além do melhor momento de aplicação no ciclo da cultura. Na sequência produto é direcionado à diversas instituições de pesquisa parceiras, localizadas em todo território nacional, para que possamos fazer a validação regional, considerando as particularidades de cada região”, detalha Ana.
Após passar pelas etapas de desenvolvimento em laboratório e validação agronômica, o produto seguirá para a etapa de lançamento no mercado.
Outro ponto de muita atenção dos produtores hoje é com relação a qualidade do produto e a sua origem. Isso tem relação direta com procedência de matéria prima e processos dentro da indústria. Para a Coordenadora de Laboratório da Ubyfol, Letícia Alberto, o controle de qualidade é essencial para a padronização de seus insumos e, consequentemente, de seus produtos. “Tal controle acarreta em maior confiabilidade dos clientes para com os produtos e serviços oferecidos pela empresa, trazendo também maior credibilidade no processo de vendas”, diz.
No entanto, para isso, é necessário que se garanta a qualidade desde o início da cadeia, com a homologação de fornecedores para a compra de matéria prima, e posterior validação em seu recebimento.
Depois da chegada do produto no campo ainda existe outra etapa a ser percorrida, o pós venda. Esta, conforme relata Letícia, é essencial para aumentar a proximidade do cliente com a empresa, demonstrando que o foco da Ubyfol é o cliente, não somente a venda. “Quando a empresa se dispõe de um serviço de atendimento ao cliente para resolver possíveis não conformidades que venham a ocorrer no campo, tem-se um aumento de percepção de valor da marca, promovendo uma imagem positiva da empresa no mercado. Além deste fortalecimento de laços, o SAC proporciona à empresa identificar estas não conformidades para investigá-las e tratá-las, evitando a repetição de ocorrências e consequente insatisfação de outros clientes”, afirma a coordenadora.
Outra preocupação da Ubyfol é com as certificações da empresa. A ISO 9001:2015, por exemplo, a qual ela já possui, certifica o sistema de gestão da qualidade e tem como principal benefício o aumento de satisfação de clientes, bem como melhorar a organização de seus processos internos. Agora a marca está em busca da certificação ISO 14001:2015, a qual avalia o sistema de gestão ambiental, confirmando a preocupação não somente com a venda de produtos, mas também com o meio ambiente e a comunidade como um todo. “O processo começou em julho deste ano e tem como meta ser finalizado em abril de 2020, com a auditoria de certificação”, completa Letícia.
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