Desempenho do agronegócio derruba PIB nacional no segundo trimestre de 2021

Levantamento da 4intellingece, startup de soluções que apoiam a tomada de decisão por meio da análise de dados, indica queda de 1,9% do setor no período analisado

11.11.2021 | 14:03 (UTC -3)
Thalita Tartarelli
Levantamento da 4intellingece, startup de soluções que apoiam a tomada de decisão por meio da análise de dados, indica queda de 1,9% do setor no período analisado. - Foto: Wenderson Araujo/CNA   
Levantamento da 4intellingece, startup de soluções que apoiam a tomada de decisão por meio da análise de dados, indica queda de 1,9% do setor no período analisado. - Foto: Wenderson Araujo/CNA   

Após crescer nos três primeiros meses do ano, o Produto Interno Bruto brasileiro teve queda de 0,1% no segundo trimestre de 2021 – e um dos motivos foi o baixo desempenho do agronegócio no país. É o que mostra levantamento realizado pela 4intelligence, startup de soluções que apoiam a tomada de decisão por meio da análise de dados.

A agropecuária da Região Sul foi a mais afetada, com queda de -5,8%. As regiões Sudeste e Centro-Oeste também tiveram desempenho negativo no campo, com recuos de -3% e -2,8%. Somente o Nordeste e o Norte tiveram aumentos tímidos de 1,8% e 0,8% no setor durante o segundo trimestre do ano.

Assim, segundo o IBGE, o PIB da agropecuária teve queda de 1,9% em todo o território, o pior desempenho entre as três categorias analisadas. O desempenho industrial, por exemplo, recuou 0,3%, bem próximo da média nacional. A categoria de serviços, por sua vez, subiu 0,3% no período analisado.

Entre os motivos para o baixo desempenho do agronegócio estão as condições climáticas adversas, como as geadas e a pouca incidência de chuvas. Isso influenciou o resultado da safra de grãos, contribuindo negativamente para o desenvolvimento econômico de diversas regiões, em especial do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Na análise geral das regiões, o PIB do Centro-Oeste teve o pior desempenho, com queda de 2,8% no segundo trimestre de 2021. O Sudeste e o Sul caíram 0,1% e 0,7%, respectivamente. Em contrapartida, o Nordeste cresceu 2,3% e o Norte, 2,9%. Essa diferença é explicada pelos diferentes estágios da segunda onda da pandemia e pela reedição do Auxílio Emergencial, aumentando a renda da população.

A segunda onda de contaminação pelo coronavírus também explica a queda registrada no segundo trimestre de 2021. Fechamento temporário de parte do comércio, paralisações de alguns parques industriais e redução da mobilidade dos brasileiros contribuíram para os indicadores negativos.

“No entanto, devemos salientar que o país já observa aumento da mobilidade em virtude, principalmente, do avanço das campanhas de vacinação e da flexibilização das medidas de isolamento social em todo o território nacional. Assim, a perspectiva é de crescimento e melhora do PIB em todas as regiões no restante de 2021”, argumenta Juan Jensen, chairman da 4intelligence da 4intelligence.

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