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Embora o Mato Grosso seja um dos maiores produtores de algodão do Brasil, responsável por cerca de 70% de toda a produção da safra no país, a região encontrara desafios na colheita da safra 2024/25. Às vésperas do Vazio Sanitário, que se estende de 15 de outubro e 15 de dezembro, o estado está com um potencial produtivo das lavouras de algodão menor quando comparado com a última safra. Isso se deu porque, mesmo seguindo o calendário de plantio, Mato Grosso passou por dificuldades climáticas, com períodos de intensas chuvas e pouca radiação solar entre março e abril, afetando a qualidade da cultura no campo.
“Os fatores climáticos fizeram a safra sofrer com a mancha-alvo, que é uma das principais doenças do algodão em nossa região, resultando em desfolha precoce do baixeiro e terço médio da planta, com impacto direto na produtividade”, comenta Fabio Kempim, Diretor de Pesquisa da Fundação Rio Verde.
Além da menor produtividade e problemas na qualidade de fibra, a região teve um rendimento inferior de pluma comparado à safra anterior, com baixo potencial produtivo, sendo considerada uma safra desafiadora para o produtor de algodão. “Junto a isso há também a questão de precificação da pluma nas comercializações, que preocupam muito o produtor”, complementa Fábio.
Conforme estimativa para o Custo Operacional Efetivo (COE), o valor da safra ficou em R$13.312,71 por hectare, com aumento de 0.05% em relação ao mês anterior.
Com foco no produtor local, a Fundação Rio Verde, um instituto de pesquisa sem fins lucrativos localizada em Mato Grosso e idealizadora do Show Safra Mato Grosso, constantemente estuda caminhos para antever problemas nos plantios das culturas de soja, milho e algodão com o objetivo de ajudar o produtor local a a ser mais assertivo na safra, apesar dos desafios enfrentados com mudanças climáticas, pragas e doenças.
No caso da cultura do algodão, especificamente, a Fundação Rio Verde possui diversos ensaios com posicionamentos de fungicidas para melhor manejo da cultura e controle das principais doenças do algodão, por exemplo.
“Conduzimos ensaios de variedade de algodão e posicionamentos de fungicidas para entender potencial produtivo e diferentes sensibilidades a doenças para alcançar potenciais produtivos elevados e ajudar o produtor a tomar a melhor decisão quanto a composição do manejo”, esclarece o Diretor de Pesquisa da fundação.
Em paralelo, a Fundação Rio Verde mantém a busca incansável em buscar ferramentas assertivas regionalmente para o controle de bicudo, uma das principais pragas do algodão, além do complexo de lagarta, ervas daninhas, entre outras linhas de pesquisa e necessidades que o produtor rural tem em propriedade.
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