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Produtores mato-grossenses estão sendo orientados pela Embrapa Agrossilvipastoril sobre a quantidade adequada de pulverizações nas lavouras de soja. Algumas estratégias de controle de pragas adotadas nas propriedades tem aumentado o número de aplicações e elevado os custos de produção. Situação que tem sido comprovada por meio do monitoramento de áreas produtivas em todo o Estado. Somente nesta safra, o trabalho é feito em 6 fazendas.
Pesquisador Rafael Pitta afirma que, apesar de testado e comprovado em campo, o modelo de manejo integrado proposto pela Embrapa nem sempre é utilizado pelos agricultores. Isso porque muitos temem que as estratégias não tenham eficácia. Com isso, acabam antecipando as pulverizações e gastando mais, sem que realmente isso seja necessário. "Muitos alegam que em grandes áreas o controle é mais difícil, por isso aumentam o número de aplicações. Estamos indo a campo e mostrando, em escala comercial, que os índices da Embrapa, já comprovados em pesquisa tem eficácia".
A validação, explica o especialista, é feita por meio de comparativos entre as aplicações propostas pela empresa e os utilizados pelo agricultor. Em cada fazenda é separado um talhão de aproximadamente 100 hectares, que é dividido em duas partes. Em uma delas o produtor faz o manejo convencional que adota no restante da propriedade. Na outra utiliza as técnicas do manejo propostas pela Embrapa.
Pitta destaca que a própria equipe da fazenda é quem faz o monitoramento por meio de armadilhas de insetos e uso do plano de batida. Já as aplicações de inseticidas só são realizadas quando a população de determinada praga atinge o nível de controle. Ao fim da safra os dados sobre quantidade de pulverizações das duas áreas são comparados.
Nos talhões monitorados nas últimas safras foi obtida uma redução significativa na quantidade de produtos químicos utilizada. Os custos, de acordo com o pesquisador, ficaram entre 40 e 90 reais mais baixos, por hectare cultivado. "Dependendo do tamanho da propriedade, se você multiplicar este valor pelo total da área cultivada, o impacto nos custos é bastante significativo. Sem falar dos benefícios ao meio ambiente".
O objetivo, destaca ele, não é aumentar a produtividade e sim reduzir os custos para produzir. "Queremos mostrar aos produtores que com o manejo integrado de pragas feito corretamente é possível reduzir o número de aplicações sem que haja perda de produtividade na lavoura. Com isso ele aumenta a rentabilidade".
Este trabalho de validação deve continuar nas próximas safras para atingir um número maior de produtores. Ainda neste ano, para dar maior visibilidade aos resultados obtidos, a Embrapa também deve realizar um evento para apresentação dos dados obtidos nas unidades demonstrativas.
Pitta lembra que o plano de manejo integrado proposta pela instituição está disponível a todos os agricultores no site www.embrapa.br, com todas as orientações e estratégias de controle necessárias para garantir uma boa produtividade e um melhor resultado no final da safra. "É importante fazer a rotação de ingredientes ativos e dar preferência aos produtores específicos, que não afetem os inimigos naturais, que também ajudam no controle das pragas. É fundamental também fazer o monitoramento das plantações, para então definir qual a melhor estratégia de controle a ser adotada".
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