Curso discutirá biossegurança ambiental de OGMs

22.11.2012 | 21:59 (UTC -3)
Guilherme Viana

Embora o Brasil tenha conquistado lugar de destaque no cenário mundial como segundo maior produtor de culturas agrícolas transgênicas, com uma projeção de 36,6 milhões de hectares plantados na próxima safra, ainda há grande desconhecimento, em vários segmentos da cadeia produtiva, inclusive entre profissionais e usuários, quanto a aspectos do seu sistema de produção. Segundo a consultoria Céleres, quatro milhões de hectares a mais em relação à safra 2011/2012 serão semeados com transgênicos nesta safra de verão.

Apesar dessa expansão, questões como “é seguro cultivar lavouras transgênicas?”, “como é produzida uma planta transgênica?” ou “as pragas podem ficar resistentes à tecnologia?” são recorrentes. “A liberação do cultivo de transgênicos no país é uma questão que ainda desperta dúvidas e gera polêmicas, sobretudo em função do pouco tempo que vivenciamos essa novidade”, analisa a pesquisadora Simone Martins Mendes, da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG).

Segundo ela, dúvidas como essas vêm estimulando a realização de eventos técnicos em todo o país. “Nesse contexto, o curso de utilização e biossegurança ambiental de culturas geneticamente modificadas tem o objetivo de levantar essas questões a cerca das culturas de milho, soja e algodão, apresentando a visão de especialistas e os últimos resultados de pesquisa sobre a tecnologia”, pondera. “Grande parte da sociedade desconhece, por exemplo, as regras para se manter uma lavoura transgênica e as implicações ambientais que podem ocorrer caso não sejam respeitadas determinadas regras, como a manutenção das áreas de refúgio e de coexistência”, reforça a pesquisadora.

Diante desse cenário, uma parceria entre a Embrapa Milho e Sorgo e a Rede de Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária irá viabilizar a realização do “Curso de utilização e biossegurança ambiental de culturas geneticamente modificadas”. O evento, que será realizado na Embrapa Milho e Sorgo de 26 a 30 de novembro, é destinado a profissionais da extensão rural, representantes de empresas de produção e de comercialização de insumos, professores e pesquisadores e fiscais agropecuários das redes estaduais e federal.

A coordenação-geral está a cargo das pesquisadoras Simone Martins Mendes e Andréa Almeida Carneiro, da Embrapa Milho e Sorgo, e de José Magid Waquil, da Inovadefesa / Rede de Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária.

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