Curso capacita estudantes de pós-graduação e profissionais em avaliação de riscos de plantas geneticamente modificadas

25.07.2011 | 20:59 (UTC -3)
Fernanda Diniz

Começa nesta segunda-feira (25) e se estende até o dia 5 de agosto no Anfiteatro da Entomologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ/USP, em Piracicaba, SP, o curso "Capacitação em avaliação de risco de plantas geneticamente modificadas: biossegurança ambiental e manejo de fluxo gênico". O curso faz parte da disciplina Tópicos Especiais em Entomologia II do Programa de Pós-graduação em Entomologia da ESALQ, tem como docentes responsáveis os professores Celso Omoto e Ítalo Delalibera Júnior (ESALQ/USP) e como coordenadoras as pesquisadoras Carmem Pires (Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia) e Deise Capalbo (Embrapa Meio Ambiente).

O curso é resultado de uma parceria entre a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, o CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e o MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O objetivo é apresentar e discutir os procedimentos científicos de avaliação de riscos de plantas geneticamente modificadas, de acordo com os regulamentos de biossegurança no Brasil e no mundo e em consonância com as obrigações multilaterais de comércio e conservação da biodiversidade.

A capacitação é voltada a estudantes de pós-graduação das regiões brasileiras. Por isso, como explica a pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Carmen Pires, o primeiro foi realizado em 2009 em Brasília, em parceria com a Universidade de Brasília – UnB para atender à região centro-oeste; o segundo em Recife em 2010, em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFPE para a região nordeste e este, em parceria com a ESALQ, é voltado ao público da região sudeste.

Este ano, participam do curso 33 alunos, sendo 13 da ESALQ e 20 de outras universidades e empresas públicas e privadas do Brasil (Unicamp, UnB, UCB, UFV, UFES, UFPR, Syngenta, Agrobio – Associação das Empresas de Biotecnologia na Agricultura e Agroindústria e CTC – Centro de Tecnologias Canavieiras) e até dois da Colômbia.

A programação inclui os seguintes tópicos: Introdução à tecnologia do DNA recombinante; situação das plantas geneticamente modificadas no Brasil e no mundo; legislação brasileira de biossegurança e tratados internacionais relacionados a plantas GM (Protocolo de Cartagena e Tratado Sanitário e Fitossanitário da OMC); princípios de análise de risco ambiental e modelos utilizados nos EUA e Europa; metodologias de avaliação de risco: caracterização do transgene; impacto sobre a biodiversidade e organismos não-alvo; fluxo gênico e coexistência; evolução e manejo de resistências de pragas; técnicas de detecção de transgenes, amostragem e rastreabilidade, além de conceitos gerais de boas práticas de laboratório (BPL).

O objetivo daqui para frente, como explica a pesquisadora, é continuar investindo em iniciativas como essa para consolidar a importância da discussão da avaliação de risco da introdução de organismos transgênicos no ambiente no programa de cursos formais no Brasil e na América Latina. “O objetivo é treinar os participantes para que possam atuar como professores e disseminadores de conhecimentos em relação às avaliações de risco ambiental das plantas geneticamente modificadas”, finaliza Carmen Pires.

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025