Coronavírus não deve prejudicar fortemente o PIB do Agronegócio
Impactos sobre o mercado de trabalho do setor, no entanto, são preocupantes
A produção de grãos deverá atingir 251,8 milhões de toneladas, apresentando variação positiva de 4% em relação à safra anterior, equivalendo a um aumento absoluto de 9,7 milhões de toneladas. O aumento da produção de algodão, arroz, feijão e sorgo também explicam esse recorde de produção.
As culturas de primeira safra responderam bem às condições climáticas, apesar do início de safra sem chuvas, e, de maneira geral, apresentam rendimento superior ao da safra passada. As lavouras de soja recuperaram e, com a colheita finalizando, estima-se uma produtividade superior à da safra passada, quando importantes estados produtores sofreram com estiagem.
No Rio Grande do Sul, a falta de chuvas beneficiou as lavouras de arroz, promovendo um dos melhores rendimentos na série histórica.
Nas últimas safras, a área cultivada com arroz vem diminuindo, sobretudo em áreas de sequeiro. Apesar da redução nos últimos anos, a maior proporção do plantio em áreas irrigadas, que geram maiores produtividades, e o contínuo investimento do rizicultor em tecnologias, vêm permitindo a manutenção da produção, ajustada ao consumo nacional.
A expectativa de produção para esta safra é de 10,57 milhões de toneladas, aumento de 1,2% em relação à safra passada. A produção nacional de arroz tem sua maior concentração na Região Sul, responsável por mais de 80% da oferta nacional.
No Rio Grande do Sul, a colheita evoluiu significativamente em março, com mais da metade da área colhida. A alta incidência de radiação solar deve favorecer as lavouras semeadas fora do período preferencial para a cultura.
Por ser uma cultura de ciclo curto, o feijão possibilita o plantio em até três momentos durante a temporada, na busca pelo equilíbrio no abastecimento. Na primeira safra deste ano, a área é estimada em 926,5 mil hectares, crescimento de 0,4% em relação à safra passada. A previsão de uma produtividade maior deverá resultar em uma produção de 1,07 milhão de toneladas, 8,3% maior que na última safra, que sofreu com os problemas decorrentes das adversidades climáticas e prejudicaram a produção.
A área de feijão primeira safra vem diminuindo ao longo das últimas safras, principalmente pela competição com outras culturas, como soja e milho, e também devido ao momento da colheita coincidir, muitas vezes, com o período chuvoso, acarretando problemas de qualidade do produto.
Já o feijão segunda safra deverá ter uma área plantada de 1,4 milhão de hectares, 1,1% menor que a área da safra passada. A atenção se volta para as condições climáticas apresentadas na Região Sul, que já prejudicaram o potencial produtivo das lavouras.
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