Indenizações aos produtores que contrataram seguro rural chegam a R$ 1,7 bilhão no primeiro semestre de 2021
No acumulado dos últimos 10 anos, em valores atualizados, o montante total indenizado pelas seguradoras foi de R$ 15,2 bilhões
As produtividades alcançadas, a qualidade dos grãos e a valorização estão impulsionando o plantio do milheto nos cerrados. Muitos agricultores da região produziram média de 50 sacas por hectare na última safra. O motivo tem relação com o manejo correto da lavoura, que foram executados pelos agricultores desde o plantio até colheita.
Marlon Rogério Lermen, do município de Nova Ubiratã (MT), utilizou na última safra o Híbrido de Milheto da ATTO Sementes. Colheu a média de 52,5 sacas por hectare. A família dele produz soja, milho, milheto e também atua na pecuária de corte. “Na mesma propriedade onde foi plantado o milheto, o milho também respondeu bem, pois teve chuvas mais regulares. Eu nunca tinha colocado adubo no milheto, e este ano sobrou um pouco e coloquei uma quantidade até baixa. Planto o milheto porque tenho pecuária com confinamento. Uso na dieta dos animais, mas também comercializo o grão, além de produzir uma palhada de qualidade. O Híbrido de Milheto atua ainda como redutor de nematoide”.
Lermen disse que seguiu as orientações de manejo dos representantes de venda da ATTO, como por exemplo manter a área livre de ervas daninhas, dentre outras práticas utilizadas na cultura.
No confinamento, ele usa a silagem de milho como volumoso e na dieta para energia e proteína. “Uso o DDG [bagaço seco, subproduto das usinas de etanol] do milho e o farelo de soja para proteína, e o milho e o milheto como energia. O milheto e o milho doso conforme a dieta indicada pelo veterinário”. São confinadas 1.000 cabeças por ano, mas também trabalha com cria e recria.
O produtor Edgard Gomes Silva, também de Nova Ubiratã, alcançou com o ADRg 9060 a média de 45 sc/ha na área de 30 hectares que plantou. “Houve uma valorização do grão do milheto nessa safra, muita gente fazendo manejo no solo, combatendo os nematoides, e o milheto é uma cultura que sai muito rápido nas primeiras chuvas e ajuda também na proteção do solo”, conta Edgard.
No segundo ano de plantio do milheto, o agricultor Diego Fernando Pasqualotti, de Canarana, alcançou a média de 52,4 sacas por hectare tanto no ADRg 9060 quanto no ADRg 9070. Ele plantou o milheto em 60 hectares para produção de grãos, cobertura de solo e combate ao nematoide.
Pasqualotti conta que a quantidade de chuva foi bem abaixo do esperado, porém bem distribuída. “Acredito que cheguei nessa produtividade devido ao manejo bem feito, com o plantio na velocidade recomendada, área limpa, aplicação de adubo, estande de plantas perfeito e aplicação dos defensivos no momento correto”, explica. O produtor comercializa o grão de milheto para granjas de frango e notou uma valorização no preço do grão.
O milheto teve uma transformação ao longo das safras, saindo de uma cultura de cobertura de solo para uma excelente alternativa de produção de grãos de alta qualidade e liquidez, e ainda com benefício adicional de ser propulsor de produtividade da soja, combatendo ainda nematoide. Mais recentemente se tornou ingrediente autorizado pela Anvisa para a fabricação de alimentos integrais.
“Estamos diante de um produto gerador de ganhos para todos os segmentos do agronegócio, nas últimas safras o grão vem alcançando uma excelente valorização. O grão do milheto apresenta alta liquidez, alto teor de proteína e aminoácidos essenciais, tornando-se fundamental para a produção de ração de qualidade, gerando uma excelente renda para o agricultor, pecuarista e para as granjas de aves”, afirma o diretor comercial da ATTO Sementes, Juca Matielo.
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