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Cultivares de amendoim (Arachis hypogaea L) desenvolvidas pela Embrapa Algodão (Campina Grande – PB) são utilizadas na fabricação das comidas típicas das festas juninas do Nordeste. Essa oleaginosa, que é responsável por 10% da produção mundial de óleo comestível no mundo e a quinta mais consumida do planeta, possui grande atrativo como alimento e excelentes propriedades nutricionais.
No Brasil, a cultura é explorada em larga escala no Estado de São Paulo, que responde por cerca de 80% da produção nacional. Já a Região Nordeste detém cerca de 14% da produção. Os principais estados produtores são Bahia, Sergipe, Ceará e Paraíba. Nessa região, o sistema de produção típico é o de agricultura familiar, com pouco uso de insumos ou mecanização. No entanto, o consumo é alto – o Nordeste é considerado o segundo maior pólo consumidor de amendoim do Brasil, com 50 mil toneladas por ano.
As cultivares precoces desenvolvidas pela Embrapa têm apresentado grande adaptação e estabilidade em ambientes semi-áridos, onde o amendoim é uma excelente alternativa agrícola. A BRS 151 L7, por exemplo, é a cultivar mais precoce de amendoim no Brasil, sendo adaptada para cultivo nas condições de Brejo, Zona da Mata, Agreste e Semiárido nordestino. Suas vagens são de tamanho médio e as sementes vermelhas, alongadas e grandes.
O ciclo da BRS 151 L7 é de 85 a 87 dias após emergência, com indicação para cultivo de sequeiro ou irrigado. O rendimento em sementes é de 71%, com 46% de óleo bruto, o que a qualifica para o mercado de consumo in natura e para a indústria de alimentos.
Outra cultivar de amendoim desenvolvida pela Embrapa, a BRS Havana tem ciclo de 90 dias e é moderadamente tolerante às cercosporioses. Suas vagens contêm quatro sementes, de formato arredondado e coloração bege palha. É a cultivar que contém o mais baixo teor de óleo entre as cultivares nacionais, sendo indicada para atender ao mercado de alimentos (doces, salgados, farinha etc.).
Já a cultivar BR 1 é indicada para plantio nas regiões de tabuleiros costeiros do Estado de Sergipe, na Zona da Mata, Agreste e Vales irrigados de Pernambuco, na região do Recôncavo Baiano e no Agreste e Brejo da Paraíba. As vagens são de tamanho médio,com três a quatro sementes vermelhas, de tamanho médio e teor de óleo em torno de 45%.
Essas cultivares desenvolvidas pela Embrapa têm-se comportado como moderadamente tolerantes às cercosporioses pinta preta (Cercosporidium personatum) e à mancha parda (Cercospora arachidicola). Elas apresentam porte ereto e a colheita deve ser feita de forma manual ou a tração animal.
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