Cruzamento industrial foi tema da reunião anual do corpo técnico da ABA 2011, em São José do Rio Preto/SP

08.04.2011 | 20:59 (UTC -3)

Após quase uma década subutilizado pelo pecuarista o cruzamento industrial retorna a cena da pecuária de corte brasileira, desta vez bem mais fortalecido sobre o aspecto técnico e a busca por raças que por meio da heterose (choque de sangue) consigam agregar precocidade de ganho de peso, boa fertilidade e, principalmente, adaptabilidade ao modelo de criação da pecuária tropical.

 

A ABA (Associação Brasileira de Angus) sai na frente nessa corrida pela preferência do novo mercado que se abre para o cruzamento industrial no país ao elegê-lo como tema central da pauta da sua reunião anual do corpo técnico, realizada no fim de março.

 

Segundo Rednilson Moreli Góis, médico veterinário e técnico da associação, o objetivo do encontro, realizado na cidade São José do Rio Preto(SP), foi promover atualização dos técnicos sobre padronização dos critérios de seleção genética da raça Angus, além de promover aproximação com novos mercados na região Sudeste e Brasil Central. “O Angus é conhecido por seus atributos de precocidade reprodutiva, fertilidade e qualidade de carcaça. Adicionando todas essas características à rusticidade, longevidade e eficiência produtiva do Nelore chega-se a um cruzamento extremamente interessante pela complementaridade das raças”, destaca o médico veterinário.

 

Para Góis, o resultado desta cruza significa uma carne de mais qualidade, de cor diferente, mais macia e com o marmoreio muito mais acentuado. “Além disso, os produtos ½ sangue angus x nelore têm revelado características a aproveitamento de forragens grosseiras, resistências aos ectoparasitos, tolerância ao calor e longevidade, ressalta o técnico, lembrando que esse cruzamento é o ideal àqueles produtores que utilizam a região norte do país como pasto.

 

A meta é mostrar um novo lado da raça, provando para o mercado que o Angus é necessário para a realização de cruzamento industrial. “E acredito que isso já esteja acontecendo. Na reunião da ABA constatamos que até 2013 os estoques de sêmen da raça estarão rareando no mercado devido a alta procura pelo produto, principalmente pelo mercado da região Centro Oeste”, explana o veterinário, finalizando que as grandes centrais estão com planos de duplicar o rebanho de Angus para coleta de sêmen e atender o mercado adequadamente para o cruzamento industrial.

 

A reunião, que aconteceu em São José do Rio Preto (SP), envolveu palestras de Celso Boin (Outback), que tratou da qualidade carne; Luciano de Andrade, gerente de Fomento da Marfrig; Alexandre Zadra (Intervet), que abordou cruzamento industrial; e Guilherme Gallerani (Merial), que atualizou os técnicos sobre marcadores moleculares. A programação também incluiu visita ao confinamento da Marfrig em Pereira Barreto (SP) e às propriedades da 3E e HR, especializadas na seleção de Angus.

 

Para mais informações sobre o assunto acesse http://www.angus.org.br/ ou ligue na ABA (51) 3328-9122.

 

Altair Albuquerque

Texto Assessoria de Comunicações

(11) 2198-1852

atendimento@angus.org.br

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