Cotações domésticas do café arábica encerraram julho em queda

Pressão veio tanto da queda dos valores externos do grão como do avanço da colheita da safra 2022/23 no Brasil

03.08.2022 | 14:08 (UTC -3)
Cepea
Pressão veio tanto da queda dos valores externos do grão como do avanço da colheita da safra 2022/23 no Brasil. - Foto: Wenderson Araujo/CNA
Pressão veio tanto da queda dos valores externos do grão como do avanço da colheita da safra 2022/23 no Brasil. - Foto: Wenderson Araujo/CNA

As cotações domésticas do café arábica encerraram julho em queda. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, fechou o dia 29 a R$ 1.300,89/sc de 60 kg, recuo de 60,31 Reais/sc (-4,4%) em relação a 30 de junho.

Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão veio tanto da queda dos valores externos do grão como do avanço da colheita da safra 2022/23 no Brasil. No front externo, os futuros do arábica oscilaram com força no último mês, mas, no balanço, o quadro foi de queda, devido principalmente às preocupações com o baixo crescimento econômico chinês e aos temores de uma recessão global. No Brasil, a colheita da safra 2022/23 de arábica avança.

Dados levantados pelo Cepea junto a colaboradores indicam que, no encerramento do mês, as atividades se aproximavam dos 60% do total esperado para esta temporada. Já para o robusta, o cenário foi de valorização.

No dia 29, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 715,38/sc, elevação de 0,9% no acumulado de julho. Conforme colaboradores do Cepea, a valorização do robusta foi reflexo da maior demanda das indústrias, devido ao aumento da proporção utilizada em blends, uma vez que o preço do arábica está em patamares muito elevados.

O aumento das cotações, por sua vez, levou um maior número de produtores ao mercado em julho, permitindo o fechamento de negócios. 

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