Assocon investe na gestão de dados em confinamento
A Copercampos investiu cerca de R$ 2 milhões na implantação da Estação de Tratamento de Efluentes da Granja Floresta. O objetivo é preservar o meio ambiente e fazer com que a granja se torne auto-sustentável.
Todo o tratamento é realizado através de um processo físico-químico e biológico, e tem início quando os dejetos entram no biodigestor. A partir desse momento ocorre um processo de fermentação e liberação do gás (metano). A maior parte desse gás é destinado ao aquecimento da granja e somente o excesso é queimado. Assim que o líquido sai do biodigestor, segue para uma lagoa de estabilização, onde permanece por aproximadamente 20 dias.
Após, o material vai para a primeira etapa, que é o tratamento físico-químico, composto por um flotador e um decatandor. Neste local é adicionado alguns produtos químicos para floculação e coagulação, separando principalmente as cargas insolúveis existentes no efluente bruto. Na seqüência o efluente segue para um sistema de aeração continua, onde os motores flutuantes injetam uma elevada carga de oxigênio atmosférico para dar inicio a etapa de tratamento biológica. Estes motores são flutuantes para que não tenham contato com as lonas, evitando possíveis rompimentos.
Dessa lagoa de aeração, o efluente segue para um segundo flotador e um decantador, onde é adicionado novamente novos produtos químicos para a remoção das cargas orgânicas pelo processo de floculação e coagulação.
Nas duas etapas de tratamento “físico-química” é retirado do resíduo um material que poderá ser utilizado como fertilizante. Depois de limpa, uma pequena parte da água é despejada no rio e o restante, em torno de 17 mil litros por hora é reutilizado para serviços de lavagem primaria na granja. Ë comprovado por análises químicas que o material lançado no rio não causa em nenhum momento alterações nas características naturais do corpo receptor.
“A tecnologia aplicada não é totalmente nova. Já é utilizada em outros seguimentos e também já foi instalado na suinocultura, contudo para esta aplicação não havia apresentado grandes resultados no passado. Atualmente, através de estudos e pesquisas aprofundadas, esta tecnologia apresenta condições de uso com enormes benefícios para a agricultura e o meio ambiente. Esse processo de estação de tratamento de efluentes aliado ao biodigestor traz resultados excelentes para a suinocultura. O custo do investimento é alto, mas vale a pena. A Copercampos é pioneira e tem uma das estações de tratamento mais funcionais do Brasil. A eficiência do tratamento de efluentes é superior a 97%”, destaca o consultor da empresa União Brasil, Fluvio Eleodoro Marcos.
O consultor acrescenta também que o tratamento de efluentes para suínos, de um modo geral, ainda não recebe a atenção desejada. “A Copercampos saiu na frente, investindo, adequando e colocando em prática um processo de tratamento já conhecido. Por ser de alto custo, possui pouca propagação e ainda existe resistência nos investimentos em pesquisa por parte da iniciativa privada. Como agravante poucos se interessavam”, ressalta Fluvio. Para o gerente de agroindústria, Lúcio Marsal Rosa de Almeida, a cooperativa investe numa suinocultura moderna e preocupada coma a qualidade e o meio ambiente. “Estamos apresentado o que a de melhor no processo para tratamento. A água é reutiliza na granja e somente o excesso é descartado, mas de forma que não prejudique a natureza. Estaremos implantando esse mesmo sistema na Granja Ibicuí”, informa. Para o Chefe de Unidade, o médico veterinário, Marcelo Brezola, “temos que pensar no desenvolvimento auto-sustentável da granja e da suinocultura. Somente assim vamos ter melhores resultados financeiros e produtivos. Aquecemos a granja, usamos a água, queimamos o excesso do metano, brevemente iremos gerar ate energia elétrica, tornando o processo produtivo independente, implantando um motor para a geração de energia através do gás da granja e assim não causamos problemas ao meio ambiente”, finaliza.
O sistema aeróbico de tratamento de efluentes permite a despoluição e o reaproveitamento das águas de efluentes e pode ser usado sozinho ou em conjunto com sistemas anaeróbicos.
A técnica envolve o fornecimento de oxigênio ao sistema aquoso poluído onde se permite, por um período, o desenvolvimento de organismos aeróbicos (lodo ativado), que se alimentam da matéria orgânica poluidora. Como resultado deste processo, sobrem entre outros pequenos participantes, gás carbônico(CO2), nitrogênio livre e mais microrganismos que consomem a matéria orgânica, gerando um ciclo que segue se alimentando e multiplicando, resultando em um tratamento continuo.
Luis Henrique Rigon
COPERCAMPOS – Matriz / Campos Novos - SC
(049) 3541-6039 /
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