Copal defende união dos países produtores de cacau

16.06.2009 | 20:59 (UTC -3)

“O importante é que os produtores tenham voz única”, disse o secretário-geral da Aliança dos Países Produtores de Cacau (Copal, sigla em inglês), Hope Sona Ebae, durante a abertura do 1º Workshop Internacional sobre Políticas de Cacau, segunda-feira (15/06), na capital baiana.

O evento reúne representantes dos dez países membros da Copal, responsáveis por 75% da produção mundial de cacau. Sona Ebai explicou que a coordenação entre os países vai permitir maior produtividade e elevação na renda dos produtores.

De acordo com o diretor da Comissão Executiva da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Jay Wallace da Silva e Mota, o encontro possibilita a divulgação do sistema de produção de cada país e a comparação dos diferentes sistemas. Com essas informações, será possível definir uma política conjunta para atuação no mercado mundial. “Ao fortalecer a Aliança, poderemos negociar com países consumidores em igualdade de condições”, disse.

O diretor acredita que a dificuldade dos países em acessar tecnologias resulta em baixa produtividade. Apesar da alta cotação do cacau na Bolsa de Nova York, em torno de US$ 2,6 mil, a tonelada, e R$ 6 (o quilo), a produtividade está em torno de 300 quilos por hectare, o que compromete a renda do produtor.

Os integrantes da Copal buscam, ainda, soluções para produzir cacau de forma sustentável. Os pequenos agricultores são responsáveis por aproximadamente 95% da produção, mas não contam com políticas públicas. “Os países agem de forma desarticulada na hora de defender seus interesses. Um dos objetivos é construir modelos socioeconômicos para negociar melhores condições”, ressaltou Wallace.

Workshop - O encontro é promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Copal, integrada por Camarões, Costa do Marfim, República Dominicana, Gabão, Malásia, Nigéria, São Tomé e Príncipe, Togo e Brasil.

Lis Weingärtner

Mapa

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