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O professor Sérgio Mascarenhas, coordenador do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP São Carlos (SP), coordenador da RIPA e coordenador da Rede de Nanotecnologia da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), convidou a consultora Renata Clarke, da área de Nutrição e Defesa do Consumidor da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), com sede em Roma, para visitar o IEA e a RIPA, as instalações da Embrapa Instrumentação Agropecuária e Pecuária Sudeste, laboratórios do Instituto de Física da USP e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) nos dias 19 e 20 de novembro. No dia 21 a consultora visitou laboratórios e o hemocentro da USP em Ribeirão Preto.
O objetivo da visita de Renata e da consultora Anne MacKenzie, da Agência Canadense de Inspeção de Alimentos da FAO, foi dar início à organização do 1º Congresso Internacional de Nanobiotecnologia sobre riscos e oportunidades na área de alimentos e agricultura, que deve ocorrer no início de 2010, em São Carlos, em parceria com a Embrapa, World Health Organization (WHO) e Capes.
Leia entrevista concedida, em inglês, a seguir:
Portal RIPA - Qual a sua impressão da infra-estrutura na cidade de São Carlos (SP) durante a visita?
Renata Clarke - É muito impressionante o investimento que o governo brasileiro realizou em ciência, tecnologia e em desenvolvimento de recursos humanos nos campos relacionados ao desenvolvimento da agricultura e dos alimentos. Há muitas áreas especializadas e específicas no Brasil que podem ser divididas com outros países, bem como experiências que poderiam ajudar muito em inúmeras áreas.
Portal RIPA - Por exemplo?
Renata Clarke - Já que eu estou aqui para ver o potencial e a aplicação das nanotecnologias, acredito que você saiba que há aqui em São Carlos um laboratório de nanotecnologia (que será inaugurado em 2009) equipado com aparelhos muito caros. De maneira que o Brasil é certamente um líder na área e irá colaborar com países em desenvolvimento e com países desenvolvidos nesta área para levar adiante os programas de pesquisa.
Portal RIPA - Como a ciência no Brasil poderá auxiliar esses países?
Renata Clarke - Há solicitações de pedidos em potencial que serão muito importantes no desenvolvimento da agricultura em todos os níveis, dos sistemas que podem purificar água (o que teria importância para bilhares de pessoas no mundo que não tem acesso a água segura) à conservação do meio ambiente, assim como sensores de contaminação alimentar. Todos esses são exemplos do importante uso da nanotecnologia que serão úteis para todo mundo e, em alguns casos específicos, para países em desenvolvimento. Esse é um dos casos em que o Brasil está entre os líderes.
Portal RIPA - A senhora visitou a Embrapa Instrumentação Agropecuária. O que achou da pesquisa sobre películas para embalar os alimentos?
Renata Clarke - Esse pode ser um dos usos da nanotecnologia, o desenvolvimento de filmes como esse. Isso é importante da mesma maneira. A película serve para cobrir a fruta e aumentar o seu tempo de vida nas prateleiras, o que lhe permite reduzir consideravelmente as perdas de frutas e legumes frescos. Isso é tremendamente importante para a segurança alimentar.
Portal RIPA- Qual a sua formação?
Renata Clarke - Sou formada em química e fiz mestrado e doutoramento na área de tecnologia de alimentos. Nos últimos 14 anos tenho trabalhado em qualidade de alimento e normas, relacionados ao controle do alimento em níveis nacionais, infra-estrutura de instituições governamentais e legislação, com a finalidade de incentivar programas em que os governos possam assegurar a qualidade e a segurança dos alimentos para que estejam em níveis aceitáveis. Também verificamos a capacidade técnica interna dos países em executar a política governamental e as intenções na qualidade e segurança alimentar.
Roberta Salgado G. da Silva
IEA/USP
(16) 3373 8016 - 3373 9156
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