Cooperja visita Vietnã, maior produtor mundial de pitaya

Comitiva apresentou o sistema brasileiro de produção e discutiu com especialistas sobre o manejo do cancro Neoscytalidium dimidiatum

27.05.2024 | 13:57 (UTC -3)
Aline Somariva, edição Revista Cultivar
Foto: divulgação
Foto: divulgação

Representada pelo gerente de fruticultura Délcio Macarini, a Cooperja integrou a comitiva da Appibras (Associação dos Produtores de Pitaya do Brasil) que viajou ao Vietnã, no início de maio, para conhecer o maior produtor mundial de pitaya. O grupo é formado por 12 pessoas, dentre eles, produtores e técnicos de várias regiões do Brasil.

Durante a visita técnica, o grupo conheceu a Instituição de Pesquisa de Fruticultura Tropical Sofri, onde foi apresentado o sistema brasileiro de produção, bem como, puderam assistir à apresentação dos pesquisadores do Vietnã, que mostraram toda a forma de trabalho e pesquisa desenvolvidas por eles. Dentre os temas, foram destacados o melhoramento e as novas variedades, iluminação artificial, sistema de produção, fertilização, manejo e controle de doenças.

Em se tratando de doenças, discutiu-se sobre o manejo do cancro Neoscytalidium dimidiatum, doença muito problemática, de difícil controle, e que já causa grande prejuízo nos pomares brasileiros, principalmente no Estado do Pará, no polo de produção de Tomé-Açu.

Segundo o gerente Délcio, a intenção é num segundo momento apresentar aos produtores um apanhado geral da experiência no país asiático. “Certamente traremos avanços para o cultivo de pitaias, uma vez que o Vietnã é o maior produtor mundial, com mais de 55 mil hectares cultivados. Foi uma viagem muito importante, trouxemos uma visão ampla de toda a cadeia de produção. Conhecemos um país que tem um século de tradição de cultivo, com muita experiência acumulada”, aponta Macarini.

Ele destaca ainda que durante as visitas nas propriedades, pode-se perceber, que o sistema de condução se assemelha muito ao adotado no Brasil, porém, foram observados detalhes que certamente, se adotados, levarão a um passo adiante, no sentido do aprimoramento da produção. 

“Assim como no Brasil, no Vietnã, predominam as pequenas propriedades, com mão-de-obra familiar. Entretanto, devido à grande extensão de cultivo, podemos perceber às margens das rodovias, a presença de muitos packing-house, de empresas maiores, que compram a fruta dos produtores locais, lavam, embalam, armazenam e vendem, na maior parte para o mercado chinês, que representa 80% das exportações de pitaya vietnamita. Eles cultivam na sua maioria, variedades desenvolvidas pelo Instituto Sofri, que são materiais produtivos, com tolerância a doenças e com grau Brix mais elevado (frutas mais doces)”, destaca o gerente.

Das cultivares plantadas, 40% são de polpa vermelha, 55% de polpa branca e 5% de outras categorias.

Foto: divulgação
Foto: divulgação

Comercialização de pitaya

A Cooperja comercializa pitaya desde 2020, na sua marca registrada Pomar Cooperja, onde dá o suporte nos cultivos, com consultoria técnica especializada e exclusiva para os produtores Pomar Cooperja, bem como treinamentos, de colheita e pós-colheita. Além do suporte no campo, a cooperativa tem seu centro de distribuição em Jacinto Machado, onde garante uma forma segura, eficiente e lucrativa para o produtor comercializar sua produção.

Delcio afirma que a missão ao Vietnã, vai trazer mais eficiência aos  produtores e a cooperativa, para poder consolidar e desenvolver cada vez mais este segmento, que vem crescendo a boas taxas, ano a ano.

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

LS Tractor Fevereiro