Agrale apresenta sua premiada família de caminhões na Agrishow 2013
Preocupado com a viabilidade socioeconômica no meio rural e com a realidade das cooperativas da agricultura familiar, o Governo do Estado criou o Programa Gaúcho de Cooperativismo, cujos benefícios foram tema central de Dia de Campo, em Porto Vera Cruz, nesta terça-feira (23). O evento foi promovido pela Emater/RS-Ascar e Cooperativa dos Agricultores de Porto Vera Cruz (Coopovec), em parceria com a Prefeitura de Porto Vera Cruz, Associação Regional de Educação, Desenvolvimento e Pesquisa (AREDE) e Cooperativa Central da Agricultura Familiar (Unicooper).
O conjunto de projetos que objetiva fortalecer o setor cooperativista por meio de ações de ajuste fiscal e tributário, de acesso a crédito e de qualificação dos processos de gestão foi abordado em palestra ministrada pelo assessor da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Ari De David.
O Programa de Extensão Cooperativa (PEC) busca incrementar a competitividade e promover a interação e a cooperação entre associados e entre as cooperativas. A cooperativa interessada deve procurar a Unidade de Cooperativismo ou o escritório da Emater/RS-Ascar em seu município. A Unidade de Cooperativismo, da região administrativa de Santa Rosa, assessora, até o momento, 20 cooperativas.
De acordo com De David, “foram contratados 40 profissionais e constituídas sete unidades de cooperativismo no Rio Grande do Sul. No Estado, já são 151 cooperativas atendidas. A meta é atender 200 até o final do ano que vem”.
Um dos grandes estímulos à comercialização de produtos oriundos da agricultura familiar são as políticas públicas como o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), do Governo Federal, assim como a Política Estadual da Compra Coletiva RS.
O assessor da SDR nos programas de compras institucionais, Lecian Conrad destacou que o mercado de alimentos para instituições como hospitais, escolas, universidades, penitenciárias, órgãos de Defesa, sempre existiu. “Porém, os agricultores familiares tinham dificuldade de acessar esse mercado, do ponto de vista de produção e burocrático. Diante disso, foram criadas as políticas públicas, de cadeia curta, como o PAA, o PNAE e a Compra Coletiva RS”, afirmou Lecian.
A Coopovec, cooperativa com vocação para produção e fornecimento de frutas e olerícolas, está inserida na modalidade de doação simultânea do PAA. Nesta modalidade são dois os públicos beneficiados: o fornecedor e o consumidor. “Por meio de recursos do Governo Federal são adquiridos os produtos direto da cooperativa e/ou do agricultor familiar e os alimentos são doados imediatamente a entidades socioassistenciais, em um processo de cadeia curta”, explica a coordenadora da Unidade de Cooperativismo da Emater/RS-Ascar, Cleia dos Santos Moraes.
A partir da guinada na matriz produtiva, agricultores de Porto Vera Cruz passaram a vislumbrar novas perspectivas de geração de renda, qualidade de vida e permanência no campo. É o caso dos agricultores Jacó e João Horn, que deixaram para trás a monocultura da soja e decidiram diversificar a produção. Foram as propriedades dos irmãos que receberam os participantes do Dia de Campo. Nelas, foram apresentadas estações sobre variedades e sementes de olerícolas, frutas para produtividade e comércio, e programa municipal de fruticultura.
“O foco, quando criamos a cooperativa, era de gerar renda para as famílias de Porto Vera Cruz, sem depender do fumo. E também levamos em conta a permanência do jovem no campo, que está sendo incentivada com a diversificação da cultura”, destacou o agricultor Jacó Horn, presidente da Coopovec.
De acordo com a prefeita Vanice Helena Andrade de Matos, as políticas públicas são o elo necessário para que as propriedades se viabilizem. Em Porto Vera Cruz, em muito contribuiu a diversificação para fruticultura e da produção de hortigranjeiros, alternativas para o fortalecimento da agricultura familiar.
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