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Dentre os vários desafios que os bovinos estão expostos ao longo do ano, o periparto, período que começa cerca de um mês antes do parto e vai até um mês após o parto, é um exemplo de fase delicada para as fêmeas, destacam os especialistas.
Tal momento exige cuidados especiais por parte dos pecuaristas para evitar prejuízos com a saúde do rebanho, comprometimento da qualidade do leite e, consequentemente, perdas econômicas.
A fase que engloba o periparto é marcada por um relaxamento imunológico das fêmeas em função das mudanças hormonais e metabólicas que as preparam para o parto, bem como para permitir o pleno desenvolvimento fetal e o estabelecimento da lactação. Por conta desta queda natural da imunidade, as vacas ficam muito mais vulneráveis aos efeitos nocivos dos parasitas, fazendo com que a aplicação de antiparasitários nessa época seja extremamente necessária.
De acordo com Marcos Malacco, médico veterinário e gerente técnico de produtos da Merial Saúde Animal, além do relaxamento imunológico aos vermes redondos, outro agravante no periparto é a grande demanda de energia, devido ao desenvolvimento de feto, que na maioria das vezes, é maior do que a energia fornecida pela ingestão dos alimentos. “Isso tudo aumenta a vulnerabilidade das fêmeas às parasitoses. Portanto, o momento ideal para o tratamento é o mais próximo possível do parto. Neste instante, o pecuarista deve sempre optar por antiparasitários de eficácia comprovada e, além disso, contar com o respaldo de um médico veterinário para indicar o período mais propício para a aplicação”, afirma.
Para Malacco, pelo fato de no Brasil o segundo semestre do ano concentrar o maior número de parições nas vacas de corte mantidas a pasto, é importante promover o tratamento com vermífugos nos meses de julho e agosto, já que os picos das parições ocorrem, geralmente, nos meses de agosto e setembro.
As vantagens em vermifugar o plantel de fêmeas não se restringem apenas ao período do periparto. A adoção de um calendário estratégico de controle de parasitas traz inúmeros benefícios durante toda a vida das vacas. O combate às altas incidências dos parasitos possibilita que as novilhas alcancem o peso mínimo para a entrada na reprodução e apresentem cios com regularidade já no inicio de sua primeira estação de monta, contribuindo para altos índices de prenhezes, menor descarte de novilhas e maior quantidade de novilhas para reposição ou ampliação do rebanho de vacas.
Novilhas capazes de reproduzirem mais cedo (primeiro parto entre os 24 e 27 meses), iniciam a vida produtiva mais precocemente, deixando de serem ociosas e possibilitando a geração de um maior número de bezerros durante a vida útil. Portanto, são mais lucrativas.
De acordo com os especialistas, nas vacas, o controle das verminoses e dos parasitos externos no momento certo pode possibilitar maior produção de leite e menor contaminação das pastagens com ovos e larvas de vermes redondos, auxiliando na obtenção de bezerros mais saudáveis e pesados ao desmame. Além disso, também há possibilidades de maiores índices nas taxas de prenhezes pós-parto, quando estes animais são tratados no periparto.
Sem o controle estratégico, vários são os prejuízos ocasionados pelos parasitas às fêmeas, tais como: perdas no desenvolvimento corporal e no ganho de peso, menor produção leiteira, alongamento do chamado Período de Serviço – ou número de dias em aberto pós-parto, e menor resistência a outras doenças ou aos períodos de estresse. Em termos fisiopatológicos, o maior dano determinado pelos parasitos gastrointestinais, particularmente os vermes redondos (Nematodas), é a Anorexia (redução no consumo de alimentos), acompanhada por distúrbios na conversão alimentar, reduzindo, assim, a digestibilidade e a absorção dos nutrientes e interferindo no metabolismo de energia e proteínas.
Para auxiliar a pecuária brasileira no controle de parasitas internos e externos, a Merial oferece ao mercado diversos antiparasiticidas representados pelas linhas Ivomec e Topline, reconhecidos pela eficácia e que, por isso, lideram o setor. No caso Ivermectina, molécula do Ivomec, por exemplo, é uma das moléculas mais testadas e aprovadas no mercado veterinário mundial, com mais de três mil trabalhos científicos publicados e mais de seis bilhões de doses comercializadas.
Passados os cuidados com relação aos parasitas durante o periparto, logo o pecuarista se depara com um novo desafio: a fase dos nascimentos dos bezerros. Nesta etapa, é preciso prevenir a instalação de miíases (bicheiras) no coto umbilical, que se mostra bastante atrativo para a mosca varejeira. A prática de aplicação de endectocidas à base de ivermectina (Ivomec) é bastante eficiente, desde que o produto seja aplicado no dia do nascimento do animal. Também é preciso evitar infecções bacterianas no coto umbilical por meio do tratamento do umbigo com Topline Spray.
“Como é possível ver, são diversas as épocas-chaves para controlar a incidência de parasitoses nas propriedades. No entanto, o pecuarista não deve encarar essa prática como um gasto. Pelo contrário. Os custos com a sanidade animal representam uma pequena parcela dos investimentos das fazendas, em média representam apenas 2 a 3% dos custos e, em contrapartida, trazem um retorno significativo, já que gado vermifugado e vacinado é sinônimo de um rebanho protegido, forte e lucrativo”, ressalta Malacco.
Mais informações:
Fonte: Texto Assessoria de Comunicações (11) 2198-1888
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