Conheça os bastidores do mega leilão 10.011 da Estância Bahia

06.04.2011 | 20:59 (UTC -3)

Detentor do maior rebanho de gado de corte do País, Mato Grosso é palco do tradicional Mega Leilão da Estância Bahia Leilões, conhecido como o maior leilão da pecuária mundial. Nesta edição, a empresa firmou compromisso de comercializar, no mínimo, 10.011 animais, porém, o evento costuma superar seus próprios recordes. “Contabilizando o número de inscrições, nossa expectativa é vender mais de 35 mil animais para cria, recria e terminação da melhor qualidade genética”, anuncia Tonhá.

 

Promover um evento de tamanha imponência requer muita destreza e conhecimento de quem carrega anos de experiência na bagagem. Os preparativos já começam ao final de cada edição, quando são feitos os primeiros contatos com os criadores que vão vender seus animais. Cerca de 3.000 pecuaristas costumam participar e a transmissão ao vivo ajuda a impulsionar o alcance a investidores de todo o Brasil. O evento também abre portas para novos vendedores, por ser uma grande vitrine de negócios de gado comercial.

 

“Vender em nosso megaleilão traz muitas vantagens aos criadores, porém, não basta apenas volume. Os animais devem seguir um rígido padrão de qualidade que considera desde a rusticidade, passando pela fertilidade, adaptabilidade, até a vocação para ganhar peso no menor tempo possível”, afirma o empresário. Antes de serem encaminhados para a estrutura da Estância Bahia Leilões, em Água Boa/MT, uma equipe é enviada às propriedades para verificar se os lotes realmente atendem os padrões exigidos pelos clientes.

 

O grupo conta com uma ampla estrutura de confinamento, com capacidade para mais de 30 mil animais em sistema boitel. Nos 30 dias que antecedem o megaleilão, eles começam a ocupar essa e outras áreas, onde recebem água e comida em abundância. Para compor a oferta, os proprietários devem providenciar toda a documentação necessária, como guia de transporte e atestado de sanidade.

 

Assim que são habilitados, a boiada recebe marcação no quarto posterior direito e segue para piquetes, onde são apartados por idade e padrão racial. “Os animais que chegam e não se enquadram na seleção são imediatamente descartados para não comprometer a qualidade da oferta, o grande diferencial do megaleilão”, afirma Joel Ambrosio, Diretor de Manejo da Estância Bahia Leilões, ressaltando que essa operação requer a participação de 12 funcionários.

 

Ao contrário do que muitos pensavam, todo o gado anunciado no megaleilão permanece no recinto da leiloeira. A formação de corredores especiais entre os piquetes dinamizam a apresentação e permite que os investidores confiram a homogeneidade dos lotes antes das vendas. Para garantir a segurança dos tratadores, e também da boiada, somente entram na tattersal, no máximo, 35 animais jovens ou 20 animais adultos por lote.

 

10 mil toneladas de silagem consumidas

Alimentar esse volume de animais é uma das tarefas mais árduas. Segundo o zootecnista Maurício Dellai, a reposição nos cochos é constante e se torna uma mega operação paralela. Eles recebem silagem de milho, sorgo e capim, produzidos pela própria Estância Bahia. A distribuição é feita com auxilio de maquinários, como tratores e caminhões com vagão, que facilitam o transporte e distribuição nos cochos. “Seguimos um controle rigoroso para evitar que os animais excedam muito o peso com o qual entraram no recinto”, afirma Dellai. Ele explica que toda a boiada consome, em média, 10 mil toneladas de silagem nos dias que permanecem no recinto.

 

Robson Rodrigues

Pec Press - Imprensa Agropecuária

(11) 3876-8648

robson@pecpress.com.br

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