Seminário discute ciência do solo e gestão da água
“Ciência e água: como estão caminhando” foi o tema do seminário que reuniu cientistas do Brasil e do exterior para discutir a relação entre ciência do solo e gestão da água, na quar
O Brasil sediou na última semana o 21º Congresso Mundial de Ciência do Solo, o primeiro realizado na América Latina. O encontro contou com a participação de especialistas internacionais renomados e cerca de quatro mil pessoas para discutir a importância do estudo do solo em questões como produção de alimentos, conservação ambiental, energia renovável e redução da pobreza. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, esteve presente e destacou a relevância da troca de informações de um evento deste porte e o lançamento do PronaSolos, programa que pretende revitalizar e aumentar a produtividade por meio do solo.
A Yara, líder mundial em nutrição de plantas, trouxe ao congresso sua head global de Pesquisa, Anke Kwast, para uma palestra sobre soluções sustentáveis para nutrição de plantas, que buscam apoiar a rentabilidade do agricultor por meio de conhecimento, qualidade e produtividade. Anke vive em Hanninghof, na Alemanha, e lidera uma equipe de 60 pesquisadores globalmente, em países como Brasil e na Europa.
Em sua palestra, a especialista ressaltou que a saúde do solo é de extrema importância, pois é um pré-requisito para a intensificação sustentável e essencial para o agronegócio e a economia, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Ela também destacou que é preciso aumentar a eficiência e o rendimento do uso do solo nas terras agrícolas já existentes, para evitar a emissão de gases de efeito estufa e proteger a biodiversidade.
"Mesmo na agricultura desenvolvida, ainda existe uma lacuna de rendimento de cerca de 20% entre o que é alcançado nos campos do agricultor e em testes científicos usando a melhor tecnologia. O desenvolvimento de soluções sustentáveis e rentáveis é possível com conhecimento científico, uma abordagem holística, atitude colaborativa e muito trabalho", afirma Anke.
Há mais de 15 anos, a pesquisadora estuda o papel do cálcio na produção agrícola. O nutriente atua como uma cola entre as células, melhorando a qualidade e a resistência das plantas, o aspecto e acabamento da pele, evitando distúrbios fisiológicos e suscetibilidade ao ataque de doenças. "Apenas cerca de 0,2% do cálcio total do solo está disponível. Isso pode ser mudado com o uso do nitrato de cálcio, que fornece cálcio prontamente disponível para as culturas de forma pontual e eficiente", diz Anke.
A Yara realizou uma pesquisa para descobrir a dose correta de cálcio, além de sua solubilidade e o momento certo de aplicá-lo. Para produtos de maior qualidade em culturas como café, batata, tomate e citros, já estão disponíveis opções que oferecem o cálcio 100% solúvel, como a linha YaraLiva. "Este trabalho vem sendo realizado pela companhia há mais de 30 anos. Ele foi desenvolvido na Alemanha, mas o conhecimento foi depois aplicado para o mercado brasileiro e de outros países. O importante é garantir que esse know-how seja compartilhado e possa chegar até o produtor", conclui Anke.
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