Estudo valida estratégias de controle da lagarta-do-cartucho em sistemas integrados
Estudo da Embrapa oferece orientações para produtores de milho à luz do novo cenário integrado de produção agrícola
Os distribuidores sempre estiveram na vanguarda, enfrentando as adversidades e promovendo o desenvolvimento no campo. “Esse compromisso com os produtores rurais brasileiros têm ajudado a posicionar nosso país como líder do agro no mundo”, ressaltou Paulo Tiburcio, presidente executivo da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumo Agrícolas e Veterinários (Andav), na solenidade de abertura do Congresso Andav, que acontece até o dia 8 de agosto, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.
Ele acrescentou que, nos últimos quatro anos, o setor tem vivenciado cenários desafiadores, mas ao mesmo tempo tem visto um vasto campo de oportunidades e soluções. “Os distribuidores têm em sua essência essa capacidade de transformar desafios em oportunidades, por isso, a Andav mais do que duplicou a quantidade de associados, o que reforça como somos um segmento unido, que busca de forma coletiva fortalecer o agro”, explicou Tiburcio.
O evento está tratando do tema central "Agroeconomia brasileira em primeiro lugar: como assegurar o nosso propósito de alimentar o mundo", que reforça a liderança do agro brasileiro em produção, com sustentabilidade, e sua importância na vida das pessoas. “Nosso setor busca compartilhar perspectivas e visões, encontrando soluções inteligentes e ideias inovadoras, para aproveitar as oportunidades para uma economia resiliente e fortalecida”, avaliou Tiburcio.
José Hara, presidente do Conselho Diretor da Andav, abordou o papel da Andav no acompanhamento da realidade dos distribuidores, observando as transformações do setor, para contribuir com o avanço contínuo do mercado. “Nosso progresso se reflete neste grandioso evento, onde reuniremos dezenas de especialistas para discutir pautas fundamentais para o fortalecimento de nosso segmento. São mais de 250 marcas que estão apresentando soluções e inovações”, afirmou.
Em seu pronunciamento, o deputado federal Arnaldo Jardim destacou as ações realizadas pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a participação ativa da Andav em prol do crescimento do agronegócio e a importância dos distribuidores de insumos para orientar, levar novidades e dialogar com os produtores, a fim de que eles avancem em tecnologia, melhorando sua produtividade e eficiência.
O secretário executivo da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Edson Fernandes, complementou a declaração de Jardim, ao mencionar que a importância da rede de distribuição de insumos se ampliará cada vez mais pela proximidade com o produtor rural. “Os distribuidores desempenham um papel estratégico, pelo atendimento realizado na hora certa e momento necessário, pois o produtor tem uma janela de tempo para plantar e para colher e não pode esperar”, salientou. Ele reafirmou o compromisso do Estado com o agro e com o mercado de distribuição de insumos agropecuários, com programas que contribuem para o desenvolvimento do setor.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-ministro da Defesa, Aldo Rebelo, afirmou que o arranque para um novo ciclo de reindustrialização do Brasil passa obrigatoriamente pela conexão direta com o agronegócio, pois é a intersecção e a integração da agricultura e da pecuária com os segmentos industriais, a começar pelas agroindústrias a alavanca para a reindustrialização do país.
A garantia de recursos para pesquisa agrícola é o pilar para assegurar a continuidade do protagonismo do agro brasileiro em nível internacional, segundo o chefe-geral da Embrapa Instrumentação, José Marconcini. “Sem pesquisa forte não há agro competitivo, e mais, sem investimentos em Ciências Agrárias o Brasil corre o risco de ter seu papel de liderança em diversas cadeias produtivas ameaçado”.
O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse, nesta terça-feira (6), no Congresso Andav 2024, que falta ao Brasil uma estratégia integrada, que contemple diversas frentes, para que, de fato, o país assuma o papel de ser o guardião mundial da segurança alimentar e energética.
Em sua exposição, Rodrigues citou dados da FAO e OCDE, os quais apontam que a oferta mundial de alimentos precisa aumentar em cerca de 20% nos próximos dez anos, e que, diante deste cenário, o Brasil foi instado a contribuir com 40% deste crescimento.
Segundo o ex-ministro, este desafio foi posto naturalmente ao Brasil exatamente pelo fato de que o modelo de agricultura tropical desenvolvido em nosso país é o único capaz de elevar a produção, por meio de ganhos de rendimento e em acordo com a proteção ambiental e as mudanças climáticas. “Outras regiões agrícolas tropicais do mundo – África subsaariana e sudoeste asiático - também podem contribuir, mas o Brasil é o protagonista”.
Entretanto, de acordo com Rodrigues, questões relacionadas à infraestrutura logística – que melhorou, mas ainda é deficitária -; política agrícola, em particular o seguro rural; busca por acordos comerciais de maior peso – Mercosul e União Europeia, por exemplo -; segurança jurídica, garantia de recursos para pesquisa e maior comunicação e interconexão entre campo e cidades precisam ser endereçadas.
Ao final de sua apresentação, Rodrigues foi homenageado com o “Prêmio Andav de Reconhecimento: categoria Personalidade do Agro”, em reconhecimento aos seus préstimos na evolução do agro moderno no Brasil.
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