Conab estima produção de 572,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar

A produtividade das plantações de cana-de-açúcar do país está começando a se recuperar

19.08.2022 | 10:17 (UTC -3)
A produtividade das plantações de cana-de-açúcar do país está começando a se recuperar. - Foto: Wenderson Araujo/CNA
A produtividade das plantações de cana-de-açúcar do país está começando a se recuperar. - Foto: Wenderson Araujo/CNA

Após dois ciclos de adversidade climática, a produtividade das plantações de cana de açúcar do país está começando a se recuperar. O aumento de 1,6% no rendimento médio nacional é um contraponto à queda de 2,6% na área cultivada. Como resultado, prevê-se que a produção atinja 572,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, uma ligeira queda de 1% em relação ao ciclo anterior, como relatado no segundo levantamento da safra 2022/23 realizado hoje pela Conab (19 de agosto).

Se na temporada 2020/21 o desenvolvimento da cultura foi influenciado pela falta de chuvas e no ciclo 2021/22, além da estiagem, foram registradas fortes geadas em importantes regiões produtoras, na safra 2022/23 as condições climáticas foram mais favoráveis. De acordo com o documento, os agricultores deverão colher nesta safra 70.484 quilos por hectares colhidos. No ciclo de 2021/22, a produtividade esteve estimada em 69.355 quilos por hectare. Já em 2020/21 o desempenho das lavouras ficou em torno de 70.357 quilos por hectare, valor muito próximo ao esperado para a atual temporada.

A melhora no desempenho é impulsionada por um maior índice registrado principalmente nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, esta última com destaque para Goiás, além de Minas Gerais com variações positivas para as regiões de 6% e 3,5% respectivamente, enquanto os estados registraram elevação de 3,8% e 3,2%. Em São Paulo, principal estado produtor, e Paraná, por exemplo, o desempenho das lavouras ainda reflete o clima adverso das últimas temporadas.

A recuperação da produtividade desacelera a queda na produção, uma vez que a Conab espera uma nova redução na área. Se em 2020/21 foram destinados cerca de 8,6 milhões de hectares, na safra passada a área ocupada ficou em 8,3 milhões de hectares. Já neste ciclo, há uma nova diminuição, com estimativa de 8,1 milhões de hectares. Essa diminuição é explicada pela competitividade com grãos como milho e soja, que atualmente apresentam boa rentabilidade para o produtor, aliada às lavouras de reforma que tiveram o corte inviabilizado pelas condições climáticas.

Mais informações podem ser obtidas aqui.

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