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Conab aponta recuo nos fretes após colheita do milho

Entidade indica retração nas cotações em agosto, apesar de os fretes seguirem mais caros que no ano passado

30.09.2025 | 07:34 (UTC -3)

Revista Cultivar, a partir de informações da Conab

O fim da colheita do milho de segunda safra derrubou os preços dos fretes em importantes rotas agrícolas. Em agosto, os estados de Mato Grosso, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul, grandes produtores do cereal, registraram recuo nas cotações do transporte rodoviário de grãos. Os dados são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A colheita recorde de milho na temporada 2024/25 exige agilidade na logística. Em julho, os fretes atingiram pico de preços. Em agosto, houve queda na maioria das rotas, mas os valores seguem acima dos praticados no mesmo período do ano passado. A demanda firme, tanto no mercado interno quanto externo, sustenta os preços. O cenário inclui compradores dos setores de alimentação animal e bioenergia, que mantêm o ritmo dos embarques ao longo dos meses.

No Maranhão, os preços dos fretes recuaram com a desaceleração da movimentação. Já no Piauí, a demanda permanece estável, mas com menor intensidade, o que resultou em manutenção das cotações. A redução no escoamento do milho impacta diretamente esse cenário.

Na Bahia, os preços variaram conforme a região produtora e a rota de destino. Em Luís Eduardo Magalhães, os fretes subiram com o aumento da demanda por transporte de grãos e fibra.

O Distrito Federal registrou alta generalizada nos fretes em agosto. As maiores elevações ocorreram nas rotas com destino a Imbituba (SC), Uberaba (MG), Araguari (MG) e Guarujá (SP), com aumentos de 12%, 11%, 10% e 10%, respectivamente.

As exportações de milho seguem aquecidas. Em agosto, o Brasil embarcou 17,9 milhões de toneladas, contra 15,7 milhões em igual período de 2024. O Arco Norte lidera o escoamento, com 39,8% dos volumes exportados. Santos aparece em seguida, com 29,6%, seguido por São Francisco do Sul (11,6%), Paranaguá (11,4%) e Rio Grande (5%).

A soja também apresenta crescimento nas vendas externas. De janeiro a agosto de 2025, o país exportou 86,5 milhões de toneladas, frente a 83,4 milhões no mesmo intervalo do ano anterior. Os portos do Arco Norte responderam por 37,5% das exportações. Santos escoou 34,2%, Paranaguá 12,9% e São Francisco do Sul 5,2%, abaixo dos 6,5% registrados em 2024.