Começou o XXXII Congresso Nacional de Milho e Sorgo

O evento é promovido pela Associação Brasileira de Milho e Sorgo (ABMS), em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e a Embrapa Milho e Sorgo

11.09.2018 | 20:59 (UTC -3)
Sandra Brito

Começou nesta segunda-feira, 10 de setembro de 2018, o XXXII Congresso Nacional de Milho e Sorgo. O evento é promovido pela Associação Brasileira de Milho e Sorgo (ABMS), em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e a Embrapa Milho e Sorgo. As atividades acontecem de 10 a 14 de setembro, na UFLA.

Neste ano, o tema central do congresso, “Soluções integradas para os sistemas de produção de milho e sorgo no Brasil”, foi proposto com o objetivo de discutir soluções conjuntas, inerentes ao sistema de produção agrícola mais complexo. Foi considerada a diversidade de cultivo do milho e sorgo no País e a necessidade de melhorar o conhecimento e buscar a integração com o sistema de produção de outras culturas.

Durante a cerimônia de abertura, realizada na noite de segunda-feira, o presidente do Congresso, professor Renzo Garcia Von Pinho, ressaltou que este é um dos eventos mais importantes da área de ciências agrárias do Brasil. “Este Congresso é realizado desde 1950. É o principal fórum de discussão de temas relacionados com a cadeia de produção de milho e sorgo no Brasil. Aqui nós temos a oportunidade de discutir temas técnicos, assistir a palestras e apresentações de trabalhos científicos, onde são divulgados os principais resultados de pesquisas desenvolvidas com estas culturas nos últimos anos. O congresso conta com a participação efetiva de técnicos da iniciativa pública e privada, produtores rurais, estudantes e profissionais do agronegócio. Estão presentes, também, as empresas patrocinadoras, que vêm aqui mostrar novas tecnologias”.

O presidente da ABMS, Décio Karam, disse que, neste ano, o tema do Congresso não poderia ser mais oportuno, face aos desafios atuais da agricultura tropical. “O que entendemos por soluções integradas? São os resultados da pesquisa, desenvolvimento e tecnologias que trazem bem-estar social, ambiental e econômico para os produtores e consumidores. Outro ponto que eu considero extremamente importante é essa convivência que nós temos com os pesquisadores, estudantes e profissionais da área, discutindo as culturas do milho e sorgo".

Antônio Álvaro Corsetti Purcino, chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo, representou o presidente da Embrapa, Maurício Lopes.  “O que nos chama a atenção é que nesses 32 anos que nós estamos realizando esse Congresso, concomitantemente, a agricultura brasileira passou por uma revolução muito grande. Os níveis de produtividade e de produção mais do que triplicaram. Enquanto isso, o aumento na área cultivada foi muito pequeno. Então esse aumento de produção de milho, por exemplo, está relacionado às tecnologias desenvolvidas aqui nos trópicos pelas entidades brasileiras de ciência e tecnologia. E a Embrapa participou desta revolução”, afirmou. Ele ressaltou também que é importante levar a informação para o produtor, onde ele estiver. Nesse sentido, a Embrapa desenvolve aplicativos e cursos de ensino a distância.

Em seguida, o Reitor da UFLA, professor José Roberto Soares Scolforo, disse que o evento é de extrema relevância, e por isso contava com a presença de representantes de todos os setores da Universidade. “Fazemos a melhor agricultura tropical do planeta. E existe um compromisso das universidades públicas, deste País, para gerar conhecimento, e existem empreendedores que se unem a esse projeto”.

Após os pronunciamentos foi realizado o lançamento do livro “Melhoramento de Milho”, anunciado pelo professor João Cândido de Souza, chefe do Departamento de Biologia da UFLA, que representou os demais autores. A Embrapa Milho e Sorgo lançou também a segunda versão do aplicativo “Doutor Milho - Cultivares”. O app permite aos produtores acessarem informações e inovações para o cultivo do milho.

Conferência de Abertura

Após a solenidade, foi proferida a conferência “O sucesso da agricultura brasileira: alavanca ou armadilha para o futuro?”, pelo diretor de tecnologia e inovação da Fibria, o engenheiro agrônomo Fernando de Lellis Garcia Bertolucci. Ele ressaltou que é importante saber aproveitar o aprendizado que as novas tecnologias proporcionam. “Tenho dedicado minha carreira à gestão da inovação e, principalmente, nos últimos dez anos, ao estudo do que está acontecendo em termos de transformações. É um momento em que estamos diante de oportunidades ou de ameaças, depende da forma de como encaramos tudo o que está acontecendo”.


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