Agritechnica 2025 termina com números expressivos
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As exportações brasileiras de café alcançaram 4,1 milhões de sacas de 60 quilos em outubro, segundo atualização mensal divulgada pelo Rabobank Brasil. O volume representa alta de 10% em relação a setembro, mas permanece 20% inferior ao registrado no mesmo mês de 2024. O relatório foi elaborado pelo analista setorial Guilherme Morya.
De janeiro a outubro, o país embarcou um total que também está 20% abaixo do observado no ano passado. O desempenho segue afetado por gargalos logísticos nos portos brasileiros, conforme já apontado pelo Cecafé, e pelas tarifas de 50% aplicadas pelos Estados Unidos ao café nacional desde agosto.
Entre agosto e outubro, as exportações para o mercado americano somaram 984 mil sacas — queda de 52% frente ao mesmo período de 2024. A retração era esperada após a entrada em vigor das tarifas, que encareceram o produto brasileiro no principal destino do grão.
Na sexta-feira (14), porém, o governo dos EUA anunciou uma lista de produtos agrícolas que ficarão isentos das chamadas “tarifas recíprocas”, incluindo o café. A medida é retroativa e passou a valer em 13 de novembro, com o objetivo de reduzir custos para o consumidor final.
Apesar disso, ainda há incertezas sobre a aplicação da isenção ao café brasileiro. Informações preliminares indicam que apenas a tarifa recíproca de 10% seria suspensa, enquanto permanece vigente a tarifa punitiva de 40%. As negociações entre autoridades dos dois países continuam, e o setor acompanha a possibilidade de um acordo bilateral mais amplo.
Segundo o Rabobank, a decisão traz algum alívio ao abastecimento no mercado norte-americano, já que a indústria contava com estoques somente até novembro antes de efetuar novas compras. Entretanto, caso a tarifa adicional de 40% seja mantida, os impactos sobre a cadeia de suprimento devem persistir nos próximos meses.
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