Sumitomo Chemical traz soluções BioRacionais para o mercado agrícola
Produtos biológicos ou de origem natural, os BioRacionais atuam tanto na proteção de plantas como na produtividade ou na melhor qualidade da produção
Uma das hortaliças mais utilizadas na culinária brasileira, a batata apresentou oferta recorde em dezembro nas Centrais de Abastecimento (Ceasas). Esse cenário proporcionou a queda de preços em quase todos os mercados atacadistas analisados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A exceção foi apenas em Rio Branco/AC, onde houve alta mensal de 8,11%. Nas demais, as reduções chegaram a 36,86% em Curitiba/PR, 30% no Rio de Janeiro/RJ, 27,3% em São Paulo/SP, 22,92% em Belo Horizonte/MG e 15,23% em Campinas/SP. Outros mercados também apresentaram cotações mais baixas, mesmo que em menores percentuais, como nas centrais de Brasília/DF (4,21%), Recife/PE (4%) e Fortaleza/CE (3,77%). Com isso, a batata foi vendida em média a R$ 0,77 o quilo no Rio de Janeiro e a R$ 1,48 em Belo Horizonte, estados onde a hortaliça saiu mais barata. Os dados são do 1º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgados pela Conab nesta quinta-feira (20/01).
Mas enquanto o tubérculo registrou queda nos preços, a cebola seguiu com preços altos em todas as Ceasas avaliadas pela Companhia no mês de dezembro. Os aumentos alcançaram a casa dos 30% pelo menos em três mercados atacadistas: Recife/PE (37,44%), Rio de Janeiro/RJ (32,29%) e Brasília/DF (30,08%). Próximos aos 20% de aumento aparecem as Ceasas de Rio Branco/AC (24,69%), Curitiba/PR (23,50%), São Paulo/SP (20,79%), Campinas/SP (20,10%), Fortaleza/CE (20,00%) e a que abastece Belo Horizonte/MG com incremento de 19,68%.
No caso das frutas, o boletim destaca ainda a baixa nos preços da melancia, graças à maior oferta do produto no último mês de dezembro. Como a demanda ainda segue regular, com as chuvas e o efeito de substituição (mesmo que pequeno) por outras frutas típicas de fim de ano, como ameixa e pêssego, o volume foi bem absorvido no varejo. “Houve desaceleração da produção em Marília/SP e na colheita baiana de Porto Seguro/BA, bastante influenciada pelas chuvas, o que provocou a diminuição dos carregamentos pelas dificuldades logísticas, e comprometeram a qualidade de algumas frutas na primeira quinzena do mês”, explica a gerente de Estudos do Mercado Hortigranjeiro da Conab, Joyce Fraga. “O que garantiu o aumento da oferta mensal então foram os envios vindos das regiões paulistas de Araraquara, Itapetininga e Presidente Prudente, além das melancias provenientes de São Jerônimo, no Rio Grande do Sul”.
Apesar da melancia estar mais em conta, a banana e o mamão demonstraram alta nas cotações. De acordo com o Boletim, o aumento dos preços da banana foi causado pela menor produção da variedade prata, por problemas climáticos, e pelas exportações, que continuaram aquecidas. No caso do mamão, além da queda na oferta, principalmente da variedade formosa, houve aumento no valor dos insumos para a produção, doenças fúngicas em decorrência das chuvas e as exportações, que aumentaram novamente.
Nesta primeira edição de janeiro, o Boletim Prohort traz ainda uma sintética análise de mercado das culturas em 2021. Segundo o estudo, o cultivo de alface, por exemplo, teve um ano caracterizado, principalmente, pelo desestímulo do produtor em quase todo o ano. A rentabilidade da cultura, mesmo quando os preços estiveram em alta ou em níveis satisfatórios, foi limitada pelo aumento dos custos de produção. Já a batata não passou por altas abruptas, uma vez que as cotações começaram o ano em queda, mantendo certa constância de março a setembro, e só tiveram tendência de alta no último trimestre devido às geadas ocorridas na metade do ano, que afetaram a safra de inverno.
Quanto à cebola, o produtor conseguiu remuneração positiva nas três últimas safras, segundo o Boletim. “Na safra atual, que está em processo de colheita e comercialização, até o momento os preços encontram-se remuneradores para quem cultiva o bulbo, mesmo com a alta dos custos de produção”, ressalta o superintendente de Estudos Agroalimentares e da Sociobiodiversidade da Conab, Marisson Marinho. “Por sinal, essa variação dos custos age como fator de pressão para a elevação dos preços, posicionando-os nos patamares atuais”.
O estudo destaca ainda a oferta de cenoura nos mercados atacadistas em 2021, superior em 3% à verificada em 2020, e o tomate, que não mostrou altas expressivas no ano, inclusive apresentou queda de preços ocasionais, o que levou à retração dos investimentos por parte do produtor, que optaram por outros cultivos mais remuneradores.
No caso das frutas, o ano de 2021 foi marcado pela alta de preços da banana, especialmente em decorrência do volume reduzido em relação a 2020 da variedade nanica por conta de problemas climáticos nas principais áreas produtoras. Já a laranja teve curva de preços regular nas Centrais de Abastecimento, enquanto o mamão esteve quase sempre com preços mais altos, tanto a variedade formosa quanto o papaya.
O Boletim Prohort faz o levantamento dos dados estatísticos a partir das Centrais de Abastecimento localizadas em São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Curitiba/PR, Brasília/DF, Recife/PE, Fortaleza/CE, Rio Branco/AC e Campinas/SP que, em conjunto, comercializam grande parte dos hortigranjeiros consumidos pela população brasileira. A conjuntura mensal é realizada para as hortaliças e frutas com maior representatividade na comercialização, incluindo alface, batata, cebola, cenoura, tomate, banana, laranja, maçã, mamão e melancia.
Acesse o arquivo completo do 1º Boletim Hortigranjeiro Janeiro 2022 e confira mais detalhes sobre a comercialização dos hortifrutis no mês de dezembro, o balanço geral de cada produto no ano de 2021, e ainda dados sobre as exportações de frutas.
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