Dia de campo sobre maracujá acontece em Paty de Alferes, RJ
O evento é destinado a produtores rurais, técnicos extensionistas, agroindústrias e pesquisadores
A produção de grãos está deixando os produtores muito animados. O principal motivo da comemoração é o clima, que favoreceu o cultivo em várias regiões do país e resultou em números impressionantes. Segundo o 6º levantamento divulgado recentemente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2016/17 está estimada em 222,9 milhões de toneladas, um aumento de 19,5% em comparação com a anterior.
Tarsis Piffer, gerente de geotecnologia da empresa, explica que o clima foi essencial para os resultados positivos. “Em algumas áreas, mesmo com volumes abaixo da média, choveu no momento certo. Na região Centro-Sul, a umidade foi suficiente tanto para o desenvolvimento quanto o enchimento dos grãos”, afirma. Onde o clima não foi muito favorável, o investimento em tecnologia ajudou na produtividade.
“As condições são ótimas nos principais estados produtores. Mato Grosso e Paraná tiveram uma excelente recuperação. Minas Gerais teve condições climáticas muito boas e o Rio Grande do Sul talvez tenha clima tão bom quanto no período anterior”, conta o especialista.
A soja foi a principal cultura beneficiada e a projeção é de 12,8% de crescimento, totalizando 12,2 milhões de toneladas a mais em comparação com a safra anterior. A produção total de milho também foi favorecida, cerca de 33,7% superior à 2015/16. Juntos, milho e soja representam quase 90% do total de grãos produzido no país.
De acordo com Alexandre Nascimento, meteorologista da Climatempo, as atenções estão voltadas agora para a 2ª safra. As pancadas de chuva acontecem em muitas áreas da região central e norte do Brasil. “A chuva mantém o solo com nível adequado de umidade, o que favorece o desenvolvimento das lavouras de 2° safra”, comenta.
Nos próximos 15 dias, esse será o padrão meteorológico observado quase todos os dias nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Pará, Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia. A tendência é que todas as lavouras e pastagens sejam beneficiadas, o que mantém boas perspectivas de produtividade.
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