CNH Industrial N.V. divulgou hoje os resultados financeiros do segundo trimestre de 2024. O lucro líquido foi de US$ 438 milhões, queda em comparação com os US$ 710 milhões do mesmo período em 2023. O lucro por ação diluído foi de US$ 0,34, comparado com US$ 0,52 em 2023. As receitas consolidadas foram de US$ 5,49 bilhões, representando uma queda de aproximadamente 16%. As vendas líquidas das atividades industriais totalizaram US$ 4,80 bilhões, redução de cerca de 19% em relação ao segundo trimestre de 2023. O fluxo de caixa operacional foi de US$ 379 milhões e o fluxo de caixa livre industrial foi de US$ 140 milhões no trimestre.
O CEO Gerrit Marx, que recentemente retornou à empresa, destacou a admiração pela CNH Industrial e os desafios enfrentados pelos setores da empresa. Ele enfatizou a importância de continuar gerenciando o negócio de maneira prudente ao longo de 2024, com expectativas de apresentar uma estratégia aos investidores no início de 2025.
A queda nas vendas líquidas das atividades industriais foi atribuída principalmente à menor demanda da indústria e à redução nos estoques dos distribuidores. O preço realizado foi favorável para o setor agrícola, mas permaneceu estável para o setor de construção.
O lucro líquido ajustado foi de US$ 485 milhões, com lucro por ação diluído ajustado de US$ 0,38, em comparação com US$ 711 milhões e US$ 0,52 no segundo trimestre de 2023, respectivamente. A despesa com impostos foi de US$ 95 milhões, com uma taxa de imposto efetiva de 20,9%, comparada com 22,9% em 2023. A CNH Industrial espera que a taxa de imposto ajustada para o ano de 2024 fique entre 24% e 26%.
O fluxo de caixa operacional no trimestre foi de US$ 379 milhões, comparado com um uso de US$ 139 milhões no segundo trimestre de 2023. O fluxo de caixa livre das atividades industriais foi de US$ 140 milhões. A empresa continuou com seu programa de reestruturação, com previsão de reduzir as despesas totais de SG&A em 10-15%. Até o momento, a CNH Industrial incorreu em US$ 114 milhões em encargos de reestruturação, com expectativa de atingir até US$ 180 milhões no total.
No segundo trimestre, o volume da indústria na América do Norte caiu 11% para tratores com menos de 140 cv, mas aumentou 2% para tratores com mais de 140 cv. As vendas de colheitadeiras caíram 5%. Na Europa, Oriente Médio e África, a demanda por tratores e colheitadeiras caiu 10% e 36%, respectivamente. Na América do Sul, a demanda por tratores e colheitadeiras caiu 10% e 26%, respectivamente. Na Ásia-Pacífico, a demanda por tratores aumentou 1% e por colheitadeiras 4%.
As vendas líquidas do setor agrícola caíram 20% no trimestre, totalizando US$ 3,91 bilhões, devido principalmente à menor demanda da indústria e aos requisitos de estoque dos distribuidores em todas as regiões, parcialmente compensados pela realização de preços favoráveis. A margem de lucro bruto foi de 24,4%, uma queda em relação aos 27,0% no segundo trimestre de 2023. O EBIT ajustado diminuiu para US$ 536 milhões, em comparação com US$ 821 milhões em 2023. O investimento em pesquisa e desenvolvimento foi de 5,5% das vendas, comparado com 4,9% no ano anterior.
A empresa prevê que as vendas no varejo da indústria global continuarão fracas nos mercados de equipamentos agrícolas e de construção na segunda metade de 2024. A CNH Industrial continua seus esforços para melhorar as margens através de programas de redução de custos. A empresa atualizou suas previsões para 2024:
• Vendas líquidas do segmento agrícola devem cair entre 15% e 20% ano a ano.
• Margem EBIT ajustada do segmento agrícola entre 13% e 14%.
• Vendas líquidas do segmento de construção devem cair entre 15% e 20% ano a ano.
• Margem EBIT ajustada do segmento de construção entre 5% e 6%.
• Fluxo de caixa livre das atividades industriais entre US$ 0,7 e US$ 0,9 bilhão.
• Lucro diluído ajustado por ação entre US$ 1,30 e US$ 1,40.
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