Safra de cana no Norte-Nordeste mantém alta de produção
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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou ao Ministério da Agricultura, na quinta-feira (24/4), um conjunto de propostas para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2025/26. O material foi elaborado com a participação de produtores, sindicatos e entidades do setor em todas as regiões do país.
Entre as dez prioridades apontadas pela CNA, destacam-se a modernização do seguro rural, a ampliação de recursos equalizáveis e a revisão dos limites de renda para acesso ao crédito. A entidade pede R$ 594 bilhões para a próxima safra, com foco no atendimento contínuo ao produtor.
O documento alerta para um cenário de juros altos, insumos caros e instabilidade internacional. Segundo a CNA, a Selic elevada pressiona o custo do crédito e limita o uso de linhas subvencionadas. A entidade propõe ampliar prazos de carência e pagamento, adequando-os às realidades regionais.
Outro ponto central é a redução da burocracia. Custos cartorários, exigências ambientais e entraves regulatórios têm dificultado o acesso ao crédito, especialmente para pequenos e médios produtores. A CNA cobra simplificação urgente dos processos.
Também há ênfase na gestão de riscos. A confederação propõe R$ 4 bilhões para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), além de melhorias no Proagro e criação de um fundo de catástrofe. Segundo o documento, a ausência desses instrumentos enfraquece a renda no campo e ameaça a segurança alimentar.
A CNA defende incentivos para práticas sustentáveis, com bônus para quem comprovar ações socioambientais. Propõe ainda mudanças em regras que ultrapassam a legislação ambiental vigente e o combate à venda casada no crédito rural.
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