Geadas em algumas regiões deixam produtores de trigo em alerta
Ainda não foi possível estimar perdas e/ou impactos sobre a qualidade do cereal
A prévia dos dados da pesquisa sobre rastreabilidade vegetal 2022, realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com 1.474 produtores de 22 estados foi apresentada na terça-feira, 23 de agosto.
A transmissão foi mediada pela assessora técnica da CNA, Letícia Fonseca, e contou com a participação do presidente da Comissão Nacional de Hortaliças e Flores da CNA, Manoel de Oliveira; da presidente da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA, Ligia Carvalho e da especialista em Rastreabilidade e Certificações da empresa PariPassu, Heidy Milan.
O resultado vai contribuir para a definição de estratégias para o avanço da rastreabilidade de frutas e hortaliças, de acordo com a Instrução Normativa Conjunta 02/2018, do Ministério da Agricultura e Anvisa, que define os procedimentos para a aplicação da rastreabilidade desses alimentos.
Do total de participantes, 41,9% disseram saber o que é rastreabilidade. O processo consiste na realização de registros, como o fluxo de informações entre a fase produtiva e de distribuição.
Dos 1.474 participantes, 13% indicaram que realizam rastreabilidade na produção. Destes, 74,1% apontaram que a adoção da rastreabilidade trouxe benefícios especialmente na gestão da propriedade. Cerca de 68% sinalizaram que não tiveram dificuldade para cumprir os procedimentos e registros exigidos pela Instrução Normativa Conjunta.
Para Oliveira, a pesquisa vai ajudar a nortear as ações para ampliar a adesão dos produtores. “A rastreabilidade ajuda na padronização de produtos, de processo e na profissionalização das cadeias produtivas. Faremos todo o esforço possível para ajudar a base produtiva”.
A importância da rastreabilidade para os produtores que desejam exportar foi destacada por Lígia. “É uma forma de atestar que o alimento está apto ao consumo, que é seguro. Além disso, contribui para transformar a gestão da propriedade, porque torna o processo mais claro para identificação de pontos de melhoria”.
Heidy lembrou que o hábito de coletar a informação sobre o lote é o primeiro passo para a rastreabilidade.
“É necessário mostrar os caminhos ao produtor e desmitificar a rastreabilidade. É fundamental começar de maneira simples, tornando a informação simples e acessível. Quando documentamos os processos, fica mais fácil observar quais melhorias precisam ser feitas”.
Em sua apresentação Letícia destacou os benefícios demonstrados pelos produtores que já aderiram a esse processo. “A rastreabilidade trouxe segurança jurídica, manutenção dos clientes já acessados, acesso a novos clientes e melhoria dos processos de gestão da propriedade”.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura