Entre os dias 29 de abril e 5 de maio, o Rio Grande do Sul enfrentou um período de intempéries que resultou em graves prejuízos para o setor agropecuário. Segundo a Emater-RS, as chuvas excessivas não apenas interromperam a colheita de importantes culturas como também causaram inundações extensivas, afetando especialmente as plantações de soja, arroz e feijão da segunda safra.
A situação foi particularmente dramática para os agricultores que viram suas lavouras maduras serem comprometidas pela qualidade dos grãos após dias de encharcamento. Além disso, em áreas com declives acentuados, a erosão se fez presente, criando sulcos e evidenciando o manejo inadequado do solo e da água.
O relatório da entidade destaca ainda a destruição de estradas, pontilhões e pontes, um fator que agrava a logística de transporte de produção agrícola. Inundação e destruição de estruturas de produção, como estufas de hortícolas, estábulos, salas de ordenha, silos e armazéns de grãos foram amplamente registrados.
• Soja: antes do início das chuvas intensas, 76% das áreas de soja tinham produtividades consideradas satisfatórias. No entanto, as áreas restantes agora enfrentam perdas que podem chegar a 100%.
• Milho: também sofreu com as chuvas, com regiões como Lajeado e Caxias do Sul registrando perdas totais em algumas lavouras. O processo de colheita foi severamente prejudicado, sendo priorizada apenas em poucas oportunidades.
• Feijão 2ª Safra: foi igualmente impactado, com perdas significativas em produtividade devido ao volume elevado de chuvas durante seu estágio de maturação.
• Arroz: cultivado predominante em áreas de várzeas, enfrentou grandes desafios para a continuidade da colheita devido às chuvas contínuas, afetando a secagem dos grãos e resultando em perdas de qualidade e rendimento.
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