Clientes da Nufarm captam R$ 141,3 milhões em Certificados de Recebíveis do Agronegócio

A australiana Nufarm concluiu uma estruturação de captação para seus clientes, em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), no valor de R$ 141,3 milhões. De acordo com o diretor de gestão de risco da companhia, David Marco Telio, esse montante será destinado a financiar vendas de agroquímicos da Nufarm Brasil, além de insumos de outros fornecedores, a revendas agrícolas, pequenos e médios produtores, nas safras 2016/17, 2017/18 e 2018/19.

Com repagamento em três anos, os CRAs, emitidos a revendedores e produtores cadastrados junto à Nufarm, terão remuneração a 100% da taxa DI. Coordenada pelo banco Santander e pela securitizadora Octante, com seguro de crédito da AIG, a operação contou com a participação de 277 investidores, incluindo um investidor institucional, 31 produtores rurais e 16 distribuidores de agroquímicos.

“Com a escassez de liquidez no mercado, a emissão de CRAs tende a se transformar em uma ferramenta acessível ao fornecedor de insumos agrícolas, para apoiar seus clientes na obtenção de capital de giro, bem como produtores, nas operações de vendas diretas. As novas regulamentações desse papel pela CVM, já previstas, contribuirão para aumentar a captação de recursos por essa modalidade, e também tornará mais expressivas as futuras emissões”, acredita Telio, diretor da Nufarm. No ano de 2012, o executivo participou da emissão do primeiro CRA público com Distribuidores de insumos.

“É gratificante, para o Santander, apoiar um cliente como a Nufarm Brasil também em operações de mercado de capitais como esta, que permitiu aos seus clientes terem acesso a recursos que serão estratégicos para suas atividades”, afirma Cristina Monteiro Schulman, superintendente executiva de Debt Capital Market do Santander Brasil.

Segundo os presidentes da Nufarm para a América Latina e para o Brasil, Marcos Gaio e Luciano Daher, respectivamente, a emissão de CRAs está atrelada à estratégia de crescimento da companhia. Para os próximos anos, assinalam os executivos, a Nufarm espera elevar em dois dígitos as vendas de defensivos agrícolas no Brasil. Já no mercado global, a expectativa é crescer pelo menos 5% ao ano até 2018.